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Cuidado com os olhos!

13/02/2015
Cuidado com os olhos! | Jornal da Orla
É nesta época de grandes aglomerações que se concentra o maior número de casos de conjuntivite, alerta o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier. “Além de as aglomerações em ambientes fechados facilitarem a contaminação, a espuma de carnaval e a maquiagem são outros grandes vilões que acabam com a festa”, diz.
 
Os sintomas da alergia são coceira, olhos vermelhos e lacrimejamento. No caso de conjuntivite, ocorre ainda o inchaço das pálpebras, lacrimejamento viscoso ou purulento e fotofobia (aversão à luz).  Ao primeiro desconforto a recomendação do médico é lavar os olhos abundantemente com água e procurar um oftalmologista se os sintomas persistirem. Adultos e crianças também devem dar atenção especial à higienização das mãos, que devem ser lavadas várias vezes ao dia.
 
Espuminha – O especialista lembra que a espuma de carnaval e serpentinas em spray, que contêm respectivamente cocobetaína e resinas, quando entram em contato com os olhos causam ceratite, uma inflamação na córnea que pode se transformar em úlcera. “O recomendado é lavar os olhos com água imediatamente após o contato, evitar esfregar a superfície ocular ou usar água boricada, que pode irritar ainda mais a córnea. Se a irritação persistir é necessário consultar um oftalmologista”.
 
Maquiagem infantil – Segundo ele, maquiagens (incluindo as infantis) são produtos químicos que se tornam verdadeiros venenos entre crianças, pois, como não estão habituadas ao uso, esfregam os olhos com as mãos e acabam contraindo alergia ocular ou conjuntivite. O ideal, ressalta o médico, é evitar qualquer produto na área dos olhos. A dica para enfeitar os pequenos é usar pasta d’água, que além de ser inócua previne a aparecimento de brotoeja nas peles mais sensíveis. 
 
Risco entre mulheres – Os adultos não estão livres de problemas oculares durante a festa. Para mulheres, o oftalmologista recomenda evitar o uso de maquiagens vencidas e o compartilhamento com as amigas. “Isso porque 15% das alergias, contaminações da córnea e conjuntiva entre brasileiras acontecem através desses dois comportamentos”, afirma Queiroz Neto.