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Campanha alerta sobre a Aids no Carnaval

30/01/2015
Campanha alerta sobre a Aids no Carnaval | Jornal da Orla
A maioria dos brasileiros (94%) sabe que a camisinha é a melhor forma de prevenção às DSTs e Aids, ainda assim 45% da população sexualmente ativa do país não usaram preservativo nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses. Os dados, inéditos, são da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP) e foram apresentados pelo Ministério da Saúde no lançamento da campanha de prevenção às DSTs e Aids para o Carnaval 2015. 
 
O foco da campanha é a prevenção, combinando camisinha, testagem e tratamento. A mensagem geral é informar o jovem para se prevenir contra o vírus da Aids, usar camisinha, fazer o teste e, se der positivo, começar logo o tratamento, reforçando o conceito “camisinha + teste + medicamento” de prevenção combinada. São 129 mil cartazes em quatro versões – segmentados para a população jovem, travesti e jovem gay -, um spot de rádio, 315 mil folders explicativos da prevenção combinada e um vídeo para TV.
 
Camisinhas – Para o período do carnaval serão distribuídos 70 milhões de preservativos em todo o país. Os estados já contam com estoque de 50 milhões de unidades para as ações cotidianas de prevenção, o que inclui o carnaval. 
 
Cenário da epidemia – Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de Aids no Brasil. Hoje, são cerca de 400 mil pessoas em tratamento, com 22 medicamentos antirretrovirais distribuídos pelo SUS. A epidemia no país está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil novos casos de Aids ao ano. Estima-se que das 734 mil pessoas que vivem com HIV e Aids no Brasil atualmente, 80% foram diagnosticadas.
 
Aumenta o comportamento de risco do brasileiro
Estudo conduzido pelo Ministério da Saúde revela que em cinco anos dobrou o número de pessoas com mais de 10 parceiros sexuais durante a vida, mas permanece estável – e em patamares considerados baixos – o uso de preservativos com parceiros casuais.  “O uso de preservativos continua essencial, mas deve ser associado a outras ações”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
 
A principal estratégia avaliada é a ampliação do acesso ao uso de antirretrovirais logo depois da relação de risco, a terapia pós-exposição. Considerada uma espécie de “pílula do dia seguinte”, a terapia é atualmente oferecida em centros de referência. A ideia é ofertar o esquema e também atendimento de urgência.
“Com isso, as pessoas não precisariam mais ter de aguardar até segunda-feira para ter acesso ao tratamento”, afirmou o diretor do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita. “O esquema tem de ser iniciado até 72 horas depois da exposição. Ter de esperar um fim de semana, em alguns casos, pode significar perder a chance de iniciar o tratamento”, completou. Ano passado 19.469 terapias pós-exposição foram realizadas no país.