Baixada Santista

Santos contará com unidade de monitoramento inédita no País

29/01/2015
Santos contará com unidade de monitoramento inédita no País | Jornal da Orla
Inspirado em iniciativas de sucesso no Brasil e em outras partes do mundo, como Rio de Janeiro e Nova Iorque (Estados Unidos), Santos terá um Centro de Controle Operacional (CCO) pioneiro que integrará forças de segurança, empresas de serviços públicos, Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e até o sistema das comportas dos canais.
 
O equipamento começa a ser construído na próxima semana e deve entrar em operação a partir de junho de 2016. “No formato que estamos montando o CCO será inédito no Brasil. O foco principal será a segurança, além da questão da mobilidade urbana, com todo o monitoramento da cidade em tempo real”, disse o prefeito Paulo Alexandre Barbosa em apresentação nesta quarta (28) na Sala de Situação do paço municipal, após a assinatura da ordem de serviço para o início das obras.
 
O investimento na parte física será de R$ 6,5 milhões, com recursos do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento de Estâncias (Dade). Os trabalhos ficarão sob responsabilidade da empresa Inaplan (vencedora de licitação), com previsão de 12 meses de duração. Também serão aplicados mais R$ 4,7 milhões (Dade) em infraestrutura tecnológica, a cargo da empresa Net Telecom, e R$ 12 milhões para outros itens de tecnologia com recursos de empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Vamos utilizar o que há de mais moderno no mercado mundial num trabalho integrado com as polícias e concessionárias de serviços públicos”, complementou o prefeito.
 
Câmeras
Ainda no primeiro semestre deste ano a Cidade atingirá o total de 522 câmeras, as quais serão integradas ao futuro centro de controle. Deste total, 104 farão parte do sistema OCR (leitura de placas de veículos), em fase de instalação, e ajudarão a identificar veículos em ocorrências policiais nos acessos e divisas com outros municípios.
 
O CCO será erguido em área de 800 m² no embasamento do Paço Municipal – atualmente a central do Sistema Informatizado de Monitoramento (SIM) ocupa sala de 40 m² – e contará com 30 profissionais por dia na operação. Entre os recursos tecnológicos do centro, destaque para software (programa) que detecta movimentos anormais em vias e prédios públicos, e a possibilidade de conexão com outros centros de controle.
 
Presente à exposição, o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6), Gaetano Vergine, aprovou o futuro equipamento. “Vai nos ajudar bastante para os esclarecimentos de crimes”. Já o secretário municipal de Segurança, Sérgio Del Bel Jr., ressalta que ele também contribuirá para o trabalho preventivo da Defesa Civil. “Em casos de chuvas fortes e vendavais, poderá se medir o nível de alagamento e deslocar equipes antes mesmo dos chamados”.
 
O que é o CCO?
 Espaço equipado para gerenciar os sistemas disponíveis na Cidade.
 Compartilhamento de informações entre órgãos e serviços públicos (polícias Civil, Militar e Federal, Guarda Municipal, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Samu, CET, EMTU, Codesp, CPFL, Comgás, Sabesp e outros).
 Acesso às câmeras de monitoramento permitindo intervenções imediatas.
 Agilidade no atendimento a urgências e acidentes. 
 Maior poder de gerenciamento de crises, com o monitoramento em tempo real. 
 Otimização do atendimento e respostas mais eficientes.
 
Prédio ocupado pela Petrobras será do município
A Prefeitura está desapropriando imóvel à Rua Dom Pedro II, número 25 (esquina com a General Câmara, Centro), atualmente ocupado pela Petrobras. O prédio de 4 mil m² tem capacidade para abrigar cerca de 500 pessoas trabalhando e será incorporado ao Município. “Fizemos um acordo com a Petrobras, que vai deixar toda a infraestrutura e o imóvel irá concentrar setores que prestam atendimento ao público”, disse o prefeito Paulo Alexandre.
 
A desapropriação está prevista no decreto n° 7.007, publicado no Diário Oficial de 24 de dezembro de 2014, e o termo de compromisso de desapropriação amigável já foi assinado com os proprietários do imóvel. A aquisição será feita pelo valor de R$ 12,7 milhões, a ser quitado em 20 prestações, sendo parte dos recursos provenientes da economia de aluguéis dos imóveis que deixarão de ser ocupados pela Prefeitura.