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Sua pele pede atenção

28/11/2014
Sua pele pede atenção | Jornal da Orla
Com a proximidade do verão, e o sol escaldante que caracteriza a estação neste lado do mundo, todo cuidado é pouco para prevenir o câncer de pele, o tipo mais frequente no Brasil e que corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país. Este sábado (29) é o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele, uma data criada para conscientizar a população sobre a prevenção e o tratamento, lembrando que a doença apresenta altos percentuais de cura se for detectada precocemente.  
 
Pelas estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 182 mil novos casos de câncer de pele não melanoma (o de maior incidência e mais baixa mortalidade) devem ser registrados no país em 2014. São Paulo é o estado com o maior índice (47.730 novos casos), seguido do Rio de Janeiro (27.320). 
 
O que é
Trata-se de uma doença definida pelo crescimento anormal e descontrolado das células que formam a pele. “Qualquer célula que compõe a pele pode desencadear um câncer. A doença pode ser não melanoma e melanoma. Entre os não melanoma, há o carcinoma basocelular, que é o mais frequente e menos agressivo, e o carcinoma espinocelular, mais agressivo e de crescimento mais rápido”, explica a dermatologista Maria Kotzias. 
 
Como prevenir
A prevenção implica em cuidados simples que devem ser tomados no dia a dia, como evitar a exposição ao sol no período de maior incidência de raios ultravioleta; usar filtro solar (mesmo em dias nublados) com fator de proteção acima de 30, reaplicando o produto a cada duas horas; usar chapéus ou bonés e camisetas como proteção; observar a própria pele e ficar atento às alterações na cor e formato das pintas existentes ou no surgimento de novas. 
 
Fatores de Risco
Mas o sol não é o único vilão. Existem outros fatores de risco, entre eles a idade, a característica da pele, o histórico familiar, pessoal e a imunidade.  “A doença surge com mais frequência na idade adulta, mas ninguém está isento. Pessoas com a pele, cabelos e olhos claros também estão entre os que têm mais chances de ter a doença, assim como os albinos. Uma pele que sempre se queima e nunca bronzeia corre mais risco. Quem tem antecedentes na família ou quem já teve câncer ou lesões pré-cancerosas precisa ficar alerta. Além disso, a pessoa com o sistema imunológico enfraquecido pode desencadear a doença com maior facilidade”, informa Maria Kotzias.
 
Quem tem fatores de risco deve ser acompanhado por um dermatologista. “Em casos de alto risco, a recomendação pode ser a prevenção total contra exposição solar. Para essas situações, o especialista pode recomendar suplementação com vitamina D para evitar a deficiência e conseguir manter o paciente o mais longe possível do sol”, complementa a dermatologista.
 
Diagnóstico 
Somente um exame clínico com o especialista pode diagnosticar o câncer da pele, porém é importante ficar atento em casos de feridas na pele cuja cicatrização demore mais de quatro semanas, variação na cor de sinais preexistentes, manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram. Nesses casos, deve-se procurar o mais rápido possível o médico dermatologista. “O tratamento varia de acordo com o tipo do câncer, mas a recomendação é quase sempre cirúrgica para a remoção do tumor”, acrescenta Maria Kotzias.