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Após as eleições

07/11/2014
Após as eleições | Jornal da Orla
Na quarta-feira (5), o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) publicou dados oficiais que mostram que o número de miseráveis no país cresceu  de 10,08 milhões, em 2012, para 10,45 milhões no ano passado, contrariando o que foi dito durante toda a campanha de Dilma à reeleição.

Aliás, esse foi o carro-chefe da campanha petista, que insistia em dizer que os candidatos de oposição iriam tirar a comida dos mais pobres para dar mais dinheiros aos banqueiros. Logo após o pleito, os juros aumentaram, a gasolina subiu, as informações acerca do aumento do número de miseráveis foram divulgadas e, aos poucos, vai-se confirmando o cenário pessimista.
Seria injusto dizer que foi apenas o PT que escondeu notícias negativas durante uma campanha. No passado, o então ministro Rubens Ricúpero caiu ao ser flagrado, por uma câmera indiscreta, dizendo a um jornalista da Globo: o que é bom a gente divulga, o que é ruim a gente esconde. Pois é, foi o que o PSDB fez em disputas eleitorais no passado e o PT fez na presente. A diferença está no grau de agressividade imposto pelos marqueteiros do PT, que foram responsáveis por uma das campanhas mais sujas da história recente.

Os fatos apenas revelam que, para os políticos, uns mais que os outros, no jogo eleitoral vale tudo, menos perder a eleição. Não deveria ser assim, mas esta é a realidade brasileira e cabe ao eleitor procurar avaliar com mais critério a história política de cada candidato, e de seu partido,  para registrar o voto de maneira consciente e, principalmente, cobrar dos eleitos as promessas feitas durante a disputa eleitoral.
 
O que temos visto no Brasil é que, numa campanha política, a verdade é sempre a primeira vítima, e isso precisa mudar!