Trata-se do zumbido no ouvido, sentido por uma população estimada entre 34 a 48 milhões de pessoas apenas no Brasil, segundo levantamento da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ, com o apoio do Instituto Ganz Sanchez.
A alta incidência do problema motivou a realização da campanha nacional de alerta ao zumbido, que este ano está em sua sexta edição e é reconhecida como “Novembro Laranja”. O movimento terá várias ações durante o mês para informar sobre as causas e as possibilidades de tratamento. Uma delas acontece neste domingo (9) no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, entrada pelos portões 3 e 10, das 9h às 15h.
Sinal de alerta
De acordo com os especialistas, o zumbido é um alerta para possíveis agressões do ouvido, que podem vir de diferentes fontes: sons de alto volume (no trabalho ou em baladas, shows e fones de ouvido), exposição a ondas eletromagnéticas do celular, medicações tóxicas (antibióticos, anti-inflamatórios etc), drogas (maconha, cocaína, LSD etc), doenças sistêmicas (hipertensão, diabetes, colesterol alto, hipotireoidismo) ou até de causas emocionais.
O sintoma tem aumentado em especial entre os jovens e adolescentes e a falta de informação adequada sobre diagnóstico e tratamento precoce têm preocupado os profissionais da área. Tanit Ganz Sanchez, presidente da APIDIZ, conta que uma parceria entre o Instituto Ganz Sanchez e a instituição italiana Fondazione Ascolta e Vivi (Milão) está avaliando pessoas que já obtiveram cura do zumbido para conhecer como e por que esse fenômeno ocorreu.
“O objetivo da pesquisa é desmistificar a ideia atual sobre a falta de cura para o zumbido. Apesar de a cura ainda ser rara, queremos entender quais os fatos mais importantes: o tipo de zumbido, o tempo de duração, o perfil psicológico do paciente ou o conjunto de todos eles, além de qual tentativa de tratamento levou à cura. Por enquanto, já recrutamos 20 pacientes”, explica Tanit, que está coordenando o trabalho.
