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A opinião dos outros

07/11/2014
A opinião dos outros | Jornal da Orla
Se você viveu ou vive essas circunstâncias, ouça com atenção a experiência de uma mãe.
Era domingo de Páscoa e todos se preparavam para comparecer a um jantar de família. Quando a mãe olhou para os seus gêmeos adolescentes, teve vontade de chorar.

Estava na hora de sair e eles se apresentavam vestidos de forma inconveniente. Ele estava de calças bufantes, cabelo cor de laranja e brincos.
Ela, estava com uma argola no nariz, tatuagem temporária e unhas pintadas das cores mais estranhas.

O que é que os tios e tias, os avós iriam dizer? A mãe pareceu ver os olhares de desaprovação, ouvir os comentários.
Se eles tivessem apenas nove anos, ela teria iniciado uma discussão ali, na porta. Teria ameaçado os dois e se recusado a sair, a não ser que trocassem de roupa.

Mas, era dia de Páscoa. Jantar de família. Eles eram adolescentes e, conforme suas cabeças, estavam perfeitamente adequados. Por isso, ela se calou e foram todos ao jantar.
A mãe estava ansiosa, preocupada. Aguardava os olhares estranhos. Mas eles não vieram.

Seus filhos se sentaram à mesa de vinte lugares, bem ao lado de seus primos impecavelmente arrumados.
Ela aguardou os comentários maldosos, que não foram feitos. Olhou para os filhos e os viu participar da conversa com os tios, da oração.
Sua filha se prontificou a ajudar a trocar os pratos na hora da sobremesa. Eles riram, brincaram e ajudaram a servir o café para os mais velhos.
Sentada em frente a eles, ela os observava. Seus filhos eram bonitos e simpáticos. Estavam se relacionando com a família de uma forma amorosa.

Estavam respeitando as atitudes dos mais velhos, as tradições que ali se comemoravam.


Então aquela mãe começou a pensar. Os cabelos, as roupas e as tatuagens eram afirmação de adolescente. Isso mudaria com o tempo.
Mas a participação deles na oração na hora do jantar, a união da família permaneceria para sempre em seus corações. Mesmo quando eles fossem mais velhos, isso nunca iria mudar.

Ela sentiu que eles estavam alegres e em paz. Teve vontade de abraçá-los e lhes dizer como eram incríveis.

E foi o que fez, quando chegou em casa. Sozinha com eles, ela lhes disse o que representara terem ido à festa da família e como eles eram sensacionais para o seu coração.

Mais do que tudo, ela disse o quanto os amava.
[com base em texto de Shari Cohen e da Redação do Momento Espírita]
No processo educativo, procura ressaltar sempre as virtudes de que teus filhos são portadores. Observa-lhes o comportamento e apara as arestas que lhes poderão deformar o caráter.

Mais do que o exterior, ausculta a alma dos teus filhos e nela semeia o respeito, o bem, o amor.

Não permitas a visão estreita dos preconceitos. 
Preocupa-te com o que é imortal: a “alma”, e ali realiza a ampla semeadura que te confere a missão da maternidade e da paternidade responsáveis.