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Depois da eleição

31/10/2014
Depois da eleição | Jornal da Orla
A campanha eleitoral apresentou um grau de agressividade que não se via desde a disputa entre Fernando Collor e Lula da Silva, em 1989, quando o então “caçador de marajás” baixou o nível e fez ataques pessoais ao petista. Desta vez foi o PT que usou de mentiras para atacar a oposição, ao dizer que tanto Marina Silva como Aécio Neves iriam tirar a comida dos pobres para garantir mais lucros aos banqueiros e outros ataques do gênero. 
 
O PT desconstruiu Marina da Silva, quando ela assumiu a liderança da corrida eleitoral, e, posteriormente, quando o candidato tucano cresceu, Lula chegou a afirmar que Aécio Neves era um” playboy” e” filhinho de papai”. Para quem esperava um debate de alto nível, mostrando as propostas de cada candidato para o futuro do Brasil, a decepção foi imensa.
 
A oposição teve espaço para se defender, mas não teve a competência necessária para convencer a maioria dos eleitores  de que os projetos sociais, aperfeiçoados pelo atual governo, seriam mantidos e que os ataques do PT eram infundados. 
 
O pior de tudo é que os ataques acabaram provocando sequelas, como a divisão entre pobres e ricos, o que tem gerado uma inadmissível onda de xingamentos e ofensas, pelas redes sociais, contra moradores das regiões norte e nordeste, onde a vitória de Dilma foi avassaladora. Trata-se de um preconceito intolerável e que só apequena quem o estimula.
 
A eleição acabou, o governo petista conseguiu mais quatro anos e resta a todos nós, brasileiros, torcer para que Dilma corrija os erros, que não são poucos, e possa promover as mudanças cobradas pelo conjunto da sociedade e que foram prometidas por ela. Também devemos acompanhar e exigir punição rigorosa a todos os envolvidos no escândalo da Petrobras, uma roubalheira de bilhões de dólares.
O momento, mais do que nunca, exige equilíbrio e responsabilidade.