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Bucha, água e sabão. Essa é a solução!

24/10/2014
Bucha, água e sabão. Essa é a solução! | Jornal da Orla
por Bárbara Camargo
 
omo uma doença como a dengue consegue permanecer em Santos por mais de 20 anos? A resposta é tão simples quanto os procedimentos para eliminar os criadores do Aedes Aegypti: mudança de atitude por parte da população.
 
Assim, na quinta-feira (16), Miriam Patricio de Abreu, integrante da equipe de Informação, Educação e Comunicação, da Secretaria de Saúde de Santos, iniciou a conversa com os adolescentes da UME Irmão José Genésio, no morro do José Menino. A atividade fez parte do Projeto Cidadão, cujo tema é “Cidade sem dengue”. 
A especialista alertou os estudantes sobre a importância de todos estarem atentos aos locais que são ideais para a proliferação do mosquito. “A população acredita que o problema nunca está na sua casa e, sim, na casa do vizinho. Mas a dengue está em todas as casas. Se você não tomar os devidos cuidados, o mosquito vai colocar os ovos e não vai ter controle”, explica Miriam. 
 
É por esse motivo que, segundo ela, é necessário observar a existência de água parada em canaletas de portas de correr, calhas, bandejas de geladeira, bebedouros de animais de estimação, pratinhos de plantas, aquários, além de manter o vaso sanitário fechado e esfregar os ralos. O ideal é sempre utilizar uma escova ou bucha, água e sabão para retirar possíveis ovos que fiquem grudados nas bordas dos recipientes.
 
Durante o encontro, a equipe da Saúde exibiu um vídeo com informações sobre prevenção, sintomas e as complicações da doença. “Existem quatro variações do vírus da dengue. Isso que dizer que uma pessoa pode pegar a doença por quatro vezes. A diferença é que, quando se pega um vírus, não se pode mais ser infectado por ele”, explicou aos adolescentes.

A professora de Ciências da escola, Maria Angélia Mian, acredita que o tema do Projeto Cidadão é importante porque vai ao encontro das aulas que ministra sobre insetos. “Sempre que temos a oportunidade, voltamos no assunto, fazemos pesquisas. O mais interessante é que, a cada ano, temos uma informação nova, como, por exemplo, os quatro tipos de vírus”.

Agentes de controle de vetores: aliados contra a dengue

Semanalmente, a Prefeitura de Santos realiza mutirões de combate à dengue em todos os bairros da cidade. Uma equipe da Seção de Controle de Vetores passa de casa em casa, vistoriando e orientando a população para o que deve ser feito para evitar criadouros do mosquito.
 
O agente de controle de vetor, Bruno Freitas, alertou que as equipes ainda encontram resistência por parte dos moradores para realizar a vistoria. “Na maioria das vezes, os agentes estão acompanhados, usando a camisetas do controle da dengue e identificados com crachás que contêm o nosso número de registro”. 
 
Freitas informa que, principalmente, os prédios que têm cobertura são os que mais oferecem resistência à entrada dos profissionais. “Geralmente, as coberturas têm piscinas, nas quais a gente encontra muitas larvas. Mas o mais preocupante são as casas abandonadas, que até possuem donos, mas não conseguimos encontrá-los para vistoriar no imóvel”. O agente lembra que a população pode auxiliar no combate à dengue por meio de denúncias na Ouvidoria da Prefeitura ou pelo telefone 3225-8680. 
 
Veja como identificar um agente da Prefeitura de Santos:

 
 
Camiseta da Campanha branca e vermelha
Atrás: Disk Dengue: 3225-8680
Crachá com foto, nome do agente e número de identificação