Santos

Proibição de estacionamento no canal 3 gera polêmica

15/10/2014
Proibição de estacionamento no canal 3 gera polêmica | Jornal da Orla
A proibição do estacionamento de veículos na avenida Washington Luiz (canal 3), entre a praia e a avenida Francisco Glicério, nos dias úteis, entre 7h e 20h, não agradou moradores e comerciantes daquela região. A mudança está prevista para ser implantada até o fim do mês.

Eles argumentam que a medida vai atrapalhar o movimento de clientes e prejudicar a vida de amigos e parentes que irão visitá-los. Também temem que a avenida se transforme em uma “auto-pista”. Para tentar sensibilizar a Companhia de Engenharia de Tráfego de santos (CET) e reverter a decisão, eles estão coletando adesões a um abaixo-assinado e realizaram protesto na Câmara de vereadores, na segunda-feira (13). “Já conseguimos três mil nomes”, diz o porta-voz do “Movimento Canal 3”, Marcos Denari, que é proprietário de uma clínica dentária do canal 3. 

Segundo ele, moradores de outras regiões da cidade apoiam o movimento, por temer que a proibição aconteça também em outras avenidas. “Nem todos os prédios têm garagens suficientes para os próprios moradores”, argumenta.
A próxima tentativa deles será uma reunião na quarta-feira (22). “Vamos expor nossos argumentos”, diz Denari.

Medida melhora fluidez do trânsito, diz Prefeitura

Por meio da  Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Prefeitura explica que a medida é a melhor opção para favorecer a mobilidade. “Santos possui índice de 1,4 habitante por veículo, sendo um dos municípios mais motorizados do país”, diz a nota enviada ao Jornal da Orla. 

“No caso do Canal 3, um número maior de pessoas será beneficiado, pois são aquelas que utilizam a avenida para os seus deslocamentos, em detrimento de uma minoria que utiliza a via pública para estacionamento, muitas vezes sem rotatividade, ao longo do dia. Nas vias onde houve restrição de estacionamento, a fluidez melhorou em torno de 40%.

A CET informa ainda que está aberta para conversar com a comunidade e os comerciantes, a fim de entender quais são as dúvidas da população e verificar “o que é melhor para a maioria”. A decisão, de proibir ou não, só será tomada após a reunião com os moradores e comerciantes.