Santos

Entidade faz ato em solidariedade ao goleiro Aranha

14/10/2014
Entidade faz ato em solidariedade ao goleiro Aranha | Jornal da Orla
O Projeto Educafro Regional Baixada Santista realizará no próximo sábado (18) às 15h, o “Ato Público Contra o Racismo #FechadoComoAranha” na Praça Palmares, esquinas das Avenidas Siqueira Campos e Afonso Pena, no bairro do Macuco em Santos.
 
O evento é uma resposta às manifestações racistas sofridas pelo goleiro do Santos Futebol Clube, Mário Lúcio Duarte Costa (Aranha), em partida disputada contra o Grêmio pela Copa do Brasil, no dia 28 de agosto. O ato, em protesto contra a discriminação racial sofrida pelo Goleiro Aranha, promoverá intervenções de vários militantes da luta antirracista da região, além de contar com a apresentação de grupos culturais. No evento, um abaixo-assinado reunirá assinaturas prestando solidariedade ao jogador, além de repudiar o racismo e exigir providências das autoridades. O documento será encaminhado ao Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. O evento é aberto à sociedade em geral.
 
Confira a programação
 
15h – Abertura ( Fala da Comissão Organizadora – Educafro Baixada)
15h15 – Intervenção Cultural 01 ” Poesia ‘Gritaram-negra”, interpretação de Letícia Marques e alunos do Educafro Valongo
15h30 – Intervenção Política 01 –  Maykon Rodrigues (Racismo e Conjuntura) e Letícia Moura (Os efeitos psicossociais do Racismo)
15h50 – Intervenção Cultural 02 ‘Negras Mulheres’ ( MC´s Preta Rara e Mayarah Magalhães )
16h20 – Momento da Homenagem ao Goleiro Aranha ou representante ( entrega do abaixo assinado e troféu)
16h50 – Intervenção Cultural 03 ‘ Sarau da Resistência’ ( Nego Panda, Poesia Negra)
17h10 – Intervenção Política 02 –  Michel Carvalho (Mídia e Racismo) e Paloma Santos (Gênero, LGBTT e a questão racial)
17h40 – Intervenção Cultural 04 – Roda de Capoeira Grupo Aruanda  de Santos
 
Já no dia 22, a organização do Ato também promoverá um debate sobre “Racismo no Esporte ” na Unisanta, Bloco D, às 19h30.
 
Entenda o Caso – Aranha foi xingado de macaco no jogo na Arena Grêmio, em Porto Alegre (RS). Aos 42 minutos do segundo tempo, o goleiro reclamou com o árbitro Wilton Pereira Sampaio, alegando ter sido vítima de ofensas por parte da torcida.
 
As injúrias raciais proferidas por torcedores gremistas contra o arqueiro santista culminaram com a exclusão do clube gaúcho. A decisão inédita foi proferida por unanimidade pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva.