Notícias

Há muito a ser feito ainda, afirma Paulo Alexandre

26/09/2014
Há muito a ser feito ainda, afirma Paulo Alexandre | Jornal da Orla
Em entrevista ao programa Jornal da Orla na TV, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), afirmou estar convencido de que a realização de projetos importantes para a cidade, em parceria com os governos do Estado e Federal, certamente contribuiu para a avaliação positiva de seu governo, conforme revela pesquisa publicada por este jornal na edição dos dias 20/21 de setembro.

O prefeito acredita que seu governo está no rumo certo, mas destaca que “existe muito a ser feito”. Paulo Alexandre destacou que o orçamento da Prefeitura é bastante comprometido com despesas de custeio e de manutenção e que a saída são as parcerias com a iniciativa privada e com os governos estadual e federal, que ele vem procurando consolidar, desde que assumiu o cargo. Abaixo, os principais trechos da entrevista:
 

O Jornal da Orla publicou uma pesquisa que mostra que o senhor tem 52.1 % de aprovação entre os eleitores santistas, que é um índice bastante alto, segundo o cientista político, Jairo Pimentel, que avalia pesquisas em todo país. A que o senhor atribui esses números?
 
Paulo Alexandre – Nós estamos trabalhando para retirar projetos importantes do papel que vão beneficiar a cidade e toda a região metropolitana da Baixada Santista. Projetos que estão sendo viabilizados com o Estado, com a União, e acredito que a população esteja vendo nosso esforço nesse sentido. É bom frisar que existe muito para ser feito ainda. Mas,  isso aponta que o governo está no caminho certo, caminho de concretizar essas obras, esses projetos que são importantes. Agora a caminhada é longa, pois nós não chegamos nem na metade do governo, e esse é um dos períodos mais difíceis, é um período em que a gente elabora os projetos, onde as ações são muito mais burocráticas e com pouca visibilidade. Eu acredito que com as obras que estão em andamento, sendo concluídas, com os projetos que estamos retirando do papel, a tendência é que a gente possa ampliar essa avaliação da população em relação ao governo. 
 
Sua administração mantém boas relações com os governos do Estado e Federal. Isso revela amadurecimento político. Depois das eleições, as parcerias podem ganhar mais intensidade?
 
Paulo Alexandre –  Com certeza. É importante frisar que o município acaba respondendo pelas despesas de custeio, a manutenção das atividades diárias, então é a limpeza da cidade, estrutura da rede de saúde, da rede de educação, da rede social de Santos que é muito forte. E qual é o resultado disso? Qual o reflexo? O orçamento do munícipio tem um nível de comprometimento em torno de 94,5%. Ou seja, de tudo que arrecadamos,  94,5%  vão pra despesas de custeios de folha de pagamento da Prefeitura. Então significa dizer que sobra muito pouco para fazer os investimentos necessários, as obras que são importantes. 

Qual o caminho para a viabilização?
 
Paulo Alexandre – Parcerias. É isso que eu tenho feito desde o primeiro dia de governo. Fui dezenas de vezes a Brasília em inúmeras audiências com os ministros, no Governo do Estado com o próprio governador Geraldo Alckmin, também com secretários do Estado, buscando viabilizar recurso pra cidade. E temos tido sucesso. Nós iniciamos, em 2013, no primeiro ano de governo, as obras do VLT, por exemplo. Quando eu digo hoje que essa obra é emblemática, porque no início do nosso governo, a dúvida e o questionamento que tínhamos nas ruas era: “Prefeito será que essa obra sai do papel? Há tanto tempo que a gente ouve falar em VLT e nada”. Hoje, o que a gente discute são os impactos da obra. Não tem como fazer uma obra dessa sem impacto. Então ocorre uma influência no trânsito, na mobilidade das pessoas e é uma boa discussão, porque a obra está saindo do papel, está acontecendo e vai beneficiar milhares de pessoas. Assim como a entrada da cidade, por exemplo, que é uma obra extremamente importante. Nós elaboramos projeto desde o primeiro dia de governo, trabalhamos em função desse projeto, tivemos aprovação do projeto, depois aprovação do financiamento, investimento de 300 milhões de reais, nós já temos o contrato de financiamento assinado, dinheiro garantido, que nós conseguimos viabilizar através de empréstimo com o Governo Federal e vamos lançar o edital de pré-qualificação da obra, da primeira fase pra contratação da empresa responsável pela obra. Até o final de outubro esse edital será lançado e a nossa meta é iniciar as obras da entrada da cidade em 2015.
 
E o túnel?
 
Paulo Alexandre –  O túnel Santos-Guarujá, o túnel da Zona Noroeste,  são obras que já têm recursos garantidos. No caso do túnel Santos-Guarujá, a licitação já está em andamento, os envelopes vão ser abertos dia 14 de outubro, enfim, nós estamos no caminho. Eu diria que muito desse êxito se deve e eu quero dividir com as pessoas que trabalham. Porque hoje existe uma grande carência de bons projetos. Eu não tenho duvida, e cada vez mais eu tenho essa convicção, de quando há bons projetos nós conseguimos dinheiro, conseguimos recursos de todas as esferas, seja União, seja no Estado. E nós temos trabalhado na concepção de bons projetos, com nossos secretários de governo, com os técnicos da Prefeitura de Santos. A Prefeitura tem técnicos extremamente qualificados. 
 
E a disputa eleitoral atrapalha de alguma forma?
 
Paulo Alexandre – Nós não podemos misturar eleição com governo. Não dá para governar olhando para partido A,B,C ou D.  Eu vou a Brasília com a mesma intensidade que vou a São Paulo, independentemente dos partidos, e quaisquer que sejam os governantes, tenho certeza de que serão eleitos com esse amadurecimento. Não dá para destinar recursos para uma cidade porque ela é mais favorável ao partido A ou ao partido B. É preciso ter maturidade, até porque aquilo que se faz em Santos é importante para as cidades, sem duvida alguma, eu tenho dito isso aos governantes, tanto no Estado, quanto na União. É muito importante para a cidade, mas é fundamental para o estado de São Paulo e é estratégico para o Brasil. Porque nos temos aqui o maior porto da América Latina, temos o pré-sal se instalando na cidade. Nós podemos afirmar que o desenvolvimento do país passa pela cidade de Santos, passa pela Baixada Santista. Então é natural que nós tenhamos essa boa parceria para avançar cada vez mais. 
 
Apesar de o santista, em sua maioria, estar satisfeito com a cidade, nós temos muitos problemas, ainda, em especial, nas áreas de segurança pública e de saúde, prefeito. Como é que se resolvem essas duas questões?
 
Paulo Alexandre –  Na área de saúde nós estamos em andamento com grande projeto de requalificação da nossa rede publica,tendo dois pilares importantes: a questão da infraestrutura, dos espaços que é a grande demanda apresentada pela população, e os recursos humanos, o processo de gestão em cada uma das unidades de saúde. Em termos de infraestrutura, o que está sendo feito na rede publica de saúde? É o maior investimento da historia da cidade na rede publica de saúde. Estamos em processo de contratação para a construção de dez novas policlínicas de saúde, já entregamos duas no novo modelo que é a do Gonzaga, três, aliás. A do Gonzaga, do Marapé e a do Monte Serrat. E estamos contratando a construção de mais dez. Três já iniciaram a construção, uma no Caruara, na área continental, outra no Morro Santa Maria e a terceira no Bom Retiro. É um investimento bastante expressivo. E o que tem de diferente nessas novas unidades? Toda filosofia de atendimento vai melhorar, vai mudar essas novas instalações, todos os ambientes serão climatizados. Há uma reclamação, que é justa no período de verão forte, devido aos ambientes não climatizados e na sala de espera as pessoas ficam muitas vezes aguardando sem as condições ideais. Então nós vamos ter 13 novas policlínicas instaladas na cidade. Além disso, a questão do pronto-atendimento – urgência e emergência. Santos hoje não tem nenhuma UPA (Unidade de Pronto Atendimento),  vamos ter três . Uma que está sendo construída, a UPA Central que vai substituir o pronto-socorro central e fica pronta no início de 2015, uma outra na Zona Noroeste, que também  já está em construção, e a terceira, que é a UPA da Zona Leste, que vai substituir o pronto-socorro do Macuco. 
 
Todas essas unidades serão entregues até quando?
 
Paulo Alexandre  –  Todas elas serão entregues até o final de 2016.  E também iniciamos a reforma total do Hospital dos Estivadores, que estará aberto em 2016, com maternidade e com todas as condições de atender a população.
 
E na área de segurança pública?
 
Paulo Alexandre – Embora a Constituição diga que a segurança é responsabilidade do Estado e da União,  o município de Santos está fazendo a sua parte. Como? Ampliando policiamento nas ruas. Nós somos o primeiro município da região, e um dos primeiros do Estado, a  aderir ao programa da Atividade Delegada. O que é a Atividade Delegada? É a contratação do policial no horário de folga, rotineiramente ele acaba complementando sua renda e fazendo o famoso “bico” – trabalho extraoficial. O que o município fez?  Fez convênio com o Estado e contrata policial no horário de folga para que ele possa estar na rua em locais escolhidos pelo município. Também estamos investindo em tecnologias. Quando nos assumimos o governo, Santos tinha 188 câmeras de segurança instaladas em toda a nossa área, em todo os 280 km² que a cidade tem. Vamos chegar, até o início de 2015, com 519 câmeras instaladas. Outro ponto importante, hoje as grandes metrópoles estão investindo em um recurso tecnológico,  que são os Centros de Controle Operacional. São centrais de monitoramento para que, através da tecnologia, a gente possa monitorar toda cidade. Então  fomos buscar as experiências mais bem sucedidas no Brasil e fora do Brasil e nos vamos instalar em Santos o CCO – Centro de Controle Operacional, privilegiando e priorizando a questão da segurança e da mobilidade urbana. Estamos trabalhando para garantir mais segurança e mais qualidade de vida para as pessoas. 

Confira a entrevista completa no Jornal da Orla na TV