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Quimioterapia, estratégia eficaz contra o câncer

11/09/2014
Quimioterapia, estratégia eficaz contra o câncer | Jornal da Orla
A quimioterapia é uma das estratégias terapêuticas contra o câncer, doença que se caracteriza quando uma única célula passa a se multiplicar em velocidade aumentada, sem justificativa fisiológica. Essa célula mutante, ao se dividir, transmite o desarranjo para as células filhas, havendo, após certo tempo, uma desordem significativa no órgão, devido ao excesso delas. 
 
Várias causas podem provocar a mutação da primeira célula: efeitos radioativos, vírus, radicais livres na poluição, substâncias do cigarro e muitos outros. O câncer acontece porque as células estão sempre se multiplicando.
 
Sem controle
As células estão em constante renovação. Para tanto, todas as organelas existentes dentro dela são duplicadas e, então, divididas em duas células iguais. Cada tipo de célula duplica-se em ritmo próprio. As da pele e as da mucosa têm taxa de renovação muito alta, diminuindo em outros tipos até chegarmos às células do cérebro e do coração que não se renovam. A taxa de renovação tem mecanismos precisos de controle no organismo.
 
As células cancerígenas multiplicam-se sem controle e muito mais rapidamente do que as normais. Os quimioterápicos impedem a duplicação celular de forma inespecífica, atingindo também as sadias, normalmente impede as enzimas responsáveis pela duplicação. 
 
Provoca, assim, várias reações adversas, como a perda da capacidade de defesa, ao impedir que medula óssea realize a multiplicação das células de defesa. Com isso, o indivíduo sob tratamento quimioterápico está sujeito a muitas doenças infecciosas. 
 
Tratamento eficaz
A quimioterapia pode ser utilizada isoladamente ou em combinação com outras técnicas. Em cada tipo de câncer ela irá desempenhar um papel. Pode ser curativa, com o objetivo de se conseguir o controle completo do tumor, mas também pode ter papel complementar à cirurgia, tanto com ação preventiva contra eventuais células tumorais espalhadas, como ação de reforço contra o câncer. E, ainda, o seu uso pode visar a redução parcial do tumor para permitir outras intervenções terapêuticas, como a cirurgia.
 
Resistência
As células tumorais podem sofrer novas mutações e se tornarem resistentes ao medicamento. Nessa condição voltam a se reproduzir sem controle, a despeito do uso dos medicamentos. A resistência é um fato esperado e sempre poderá ocorrer espontaneamente, porém pode ser facilitada quando o tratamento é interrompido em momento inadequado ou quando a dose dada é menor que a necessária. Há estudos buscando estratégias para diminuir esse efeito de resistência, mas ainda não estão prontos. Do mesmo modo, novos fármacos estão sendo pesquisados e sempre sendo lançadas novas alternativas.
 
Dúvidas
Encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.