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Racismo e preconceito

05/09/2014
Racismo e preconceito | Jornal da Orla
O caso de injúria racial, que teve como vítima o goleiro Aranha, provocou grande repercussão e resultou na eliminação da equipe do Grêmio da Copa do Brasil. A postura do atleta Aranha foi impecável: fez o que tinha de fazer e, como resultado, o episódio acabou provocando debates em todo o país.
 
O racismo é algo odioso e deve ser repudiado e eliminado em uma sociedade que se quer civilizada. Há diversas formas de racismo e, a velada, é talvez a perversa, haja vista que o autor se esconde por trás de um manto de falsa proteção.
 
É, portanto, inacreditável que em pleno século 21 ainda existam pessoas que pratiquem ofensas raciais ou se portem de maneira preconceituosa em questões relativas à opção sexual ou religiosa. São questões que precisam ser debatidas no dia a dia porque as ofensas podem deixar marcas profundas na vida dos ofendidos. Como diz o ditado popular, “quem apanha não esquece”.
 
A melhor forma de combater o racismo e o preconceito se dá por intermédio da educação e do conhecimento. Martin Luther King foi muito feliz ao afirmar que uma pessoa deve ser julgada pelo seu caráter, não pela cor de sua pele. O mesmo vale para opções religiosas, sexuais ou qualquer outra. É, portanto, dever de cada cidadão de bem lutar com todas as suas forças para acabar de vez com todo tipo de racismo e preconceito que só apequenam a nossa existência.
 
De outro lado, entendemos que é preciso bom senso. A jovem que ofendeu o goleiro Aranha cometeu um grave delito e está pagando por isso. Teve de se esconder e mal pode sair às ruas. Moralmente foi condenada. Colocá-la na cadeia por isso seria um exagero. Devemos entender o contexto da infeliz manifestação. Afinal, o ser humano é complicado. Em grupo, o covarde vira valente, o introvertido, vira extrovertido. E, principalmente, em um campo de futebol, no calor da disputa, muitas bobagens são disparadas – e o árbitro é sempre uma vítima.
 
Transformar aquela jovem, que cometeu um ato absolutamente infeliz, em bode expiatório de todos os nossos problemas, seria injusto. A condenação moral que lhe foi imposta jamais será esquecida.
 
Vamos tirar do episódio uma grande lição e mostrar ao mundo que repudiamos qualquer forma de racismo e preconceito. Com respostas e ações inteligentes.