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Qualidade de medicamentos

28/08/2014
Qualidade de medicamentos | Jornal da Orla
A qualidade de todos produtos adquiridos é direito do consumidor e precisa ser garantida pela ação vigilante do Estado, bem como pelo bom critério dos produtores. Quando os produtos são medicamentos, a qualidade é condição vital. Infelizmente, em eventos recentes, foram encontrados elementos estranhos, como parafusos, nas embalagens de alguns remédios de um laboratório. É óbvio que é um absurdo, mas isso pode representar, não só descaso da empresa, mas a condição de impunidade na sociedade brasileira.
Em relação à ação do Estado, a legislação brasileira já faz uma série de exigências para a produção dos medicamentos. Para tanto, foi criado o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos no qual os fabricantes ou importadoras têm a responsabilidade de garantir e zelar pela manutenção da qualidade, segurança e eficácia dos produtos farmacêuticos.
 
Uma das funções desse sistema é o de garantir o rastreamento dos medicamentos, o que permite traçar o histórico, a aplicação ou localização de medicamentos, através de informações previamente registradas. Com esse procedimento, será possível saber o eventual ponto falho da cadeia de produção. Essas ações referem-se aos produtos industrializados, porém as farmácias de manipulação também precisam criar os seus próprios sistemas.

Todo estabelecimento farmacêutico, seja uma indústria ou farmácia, precisa ter normas escritas sobre como irá produzir os medicamentos, controlando seus produtos, processos e instalações. Essas normas precisam ser divulgadas entre os seus funcionários em processos de treinamentos contínuos. As farmácias e as indústrias precisam ter registros de tudo o que refere ao medicamento, isso se chama rastreabilidade.
 

Outra função da rastreabilidade dos produtos industrializados é o de permitir identificar os medicamentos falsificados, contrabandeados ou derivados de carga roubada.
 
Evidentemente, acatar essas normas produz custos, mas há de se ter uma cultura de qualidade que demanda educação da população em exigi-las, das empresas disposição ao investimento e de treinamento e conscientização dos trabalhadores. A população tem de exigir que os estabelecimentos farmacêuticos façam que seus funcionários acatem as normas já estabelecidas. Certas cenas que nos passam desapercebidas deveriam gerar protestos e ações concretas. Por exemplo, é inadmissível que máscaras sejam usadas ao queixo, deixando expostos a boca e o nariz. Isso é o mínimo a ser feito corretamente.
 
Isso acontece porque as pessoas não valorizam os procedimentos de segurança para a qualidade da produção. A qualidade é um conceito relativo. Isso significa que é dependente de diversos fatores que variam com o tempo, tais como a disponibilidade técnica, a evolução das condições econômicas da empresa e pela condição cultural da sociedade. 
 
Dúvidas
Encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.