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Cidade limpa é cidade saudável

22/08/2014
Cidade limpa é cidade saudável | Jornal da Orla
Na manhã de terça-feira (19), os palhaços Chevette e Pirueta, do grupo Os Panthanas, tiveram um compromisso: visitar os alunos da UME Maria Luiza Alonso Silva, na Ponta da Praia, para falar de um assunto importante: a limpeza da nossa cidade. O encontro marcou a abertura da nova etapa do Projeto Cidadão, que tem como tema: “Cidade Limpa é Cidade Saudável”.
 
Cerca de 200 crianças participaram da atividade com os palhaços, que fizeram perguntas como: “Onde é que se joga papel de bala e de sorvete?” e “As fezes dos animais de estimação devem ser jogadas nas árvores?”. Os pequenos estavam afiados e provaram que, quando o assunto é cuidar do local onde vivem, eles são experts. 
 
A coordenadora pedagógica da escola, Thais Saraiva Lima, explicou que a preservação do meio ambiente, assim como a importância de se manter a cidade limpa, são temas abordados constantemente entre as crianças. “Nós sempre falamos sobre esse assunto em sala de aula, porque, hoje em dia, não tem como não falar sobre o impacto que o lixo causa na natureza. E, como elas são o futuro, precisam estar cientes de que as atitudes, que tomam agora, vão se refletir lá na frente”. 
 
Na ocasião, os educadores receberam uma cartilha que aborda vários assuntos relacionados aos problemas causados pelo lixo, que vai ajudar na abordagem do tema proposto pelo Jornal da Orla com os estudantes. Na sequência, será a vez de eles colocarem toda a criatividade em desenhos e frases para participar do concurso cultural que o Projeto Cidadão realiza em todas as etapas. Os alunos do 1º ao 5º ano devem fazer desenhos em papel sulfite, a lápis, canetinha, giz de cera ou tinta. Os maiores, do 6º ao 9º ano, vão criar frases que demonstrem o quanto é importante conservar a limpeza da nossa cidade. Os melhores trabalhos serão premiados em setembro.


Conscientização começa desde pequeno
Com o novo tema, o Projeto Cidadão colabora com o programa “Cidade sem lixo”, que a Prefeitura de Santos implantou na cidade desde junho. A campanha começou com intervenções teatrais nos semáforos e distribuição de panfletos informativos sobre a nova lei que alterou o Código de Posturas da Cidade. Em julho, as regras passaram a valer e quem insistir em descartar qualquer material de forma inadequada sente no bolso o peso da falta de cidadania. 
 
Os resíduos podem ser desde bitucas de cigarros, papéis, móveis velhos, entulhos, dejetos de animais de estimação, até veículos abandonados. As multas variam de R$ 150 para descarte irregular de pontas de cigarro, papéis de embalagem, cascas de fruta (até 2 litros), R$ 250 para resíduos de dois a 100 litros, R$ 500 nos casos de volumes de 100 a mil litros, até R$ 1 mil para descarte superior a mil litros. Quem se negar a pagá-la poderá ter o débito inscrito na dívida ativa e cobrado judicialmente.
 
O vereador Kenny Mendes, autor do projeto de lei, ressaltou os números positivos da campanha. “A maior parte da população é a favor da lei. A última estimativa é de 97% de aprovação entre os munícipes e os resultados estão sendo muito satisfatórios. Nos primeiros 30 dias, houve uma redução de 450 toneladas de lixo que deixaram de ser jogadas pelas calçadas e foram depositadas no lugar certo”, explica.
 
Kenny, que também é professor, aproveitou a abertura desta etapa do Projeto Cidadão para explicar aos alunos os problemas causados pelo lixo jogado nas vias. “O lixo acumulado vai direto para os bueiros e, quando chove, em algumas regiões da cidade, pode causar enchentes. Quando toda a água baixar, alguns locais ficarão empossados e a água parada pode virar foco de dengue”, orientou. Para ele, a iniciativa do Jornal da Orla é fundamental. “O Projeto Cidadão está indo no foco principal, que é a conscientização das futuras gerações. E nada melhor do que trabalhar dentro das salas de aula. O Jornal da Orla está de parabéns por tratar de temas, não só o ‘Cidade sem lixo’, como também outros projetos. Eu só tenho a elogiar e a agradecer esse trabalho”.
 
Mais reforços contra os porcalhões
O Programa Cidade sem Lixo atua em todas as vertentes, não dando brecha para os porcalhões. O vereador adiantou que, em breve, pontos de ônibus cobertos receberão coletores de bitucas de cigarros para evitar que os fumantes as joguem nas ruas. Além disso, os estabelecimentos comerciais serão obrigados a implantar o equipamento para auxiliar na campanha. “A Prefeitura vai implantar também coletores de fezes de animais, com saquinhos para que o munícipe descarte os dejetos de forma correta. Esses totens serão implantados, inicialmente, na orla e nos canais”, explicou o vereador.
 
Fiscais estão de olho
De acordo com a Prefeitura, há em Santos 700 lixeiras de concreto e mais 500 lixeiras diversas espalhadas pela Cidade, além de mais de 2,9 mil contentores de lixo orgânico e doméstico. São 500 fiscais, segundo Kenny, somando guardas municipais, fiscais de postura e fiscais da Secretaria de Meio Ambiente da cidade, que trabalham em conjunto e já realizaram 40 ações em 14 bairros. 
 
Para aqueles que ainda acham possível burlar a fiscalização e jogar um papelzinho na rua,  188 câmeras do Sistema Informatizado de Monitoramento (SIM) estão de prontidão 24 horas em diversos pontos da Cidade, para flagrar os abusados. No início de 2015, Santos terá 426 aparelhos interligados ao SIM. 
 
A Guarda Municipal realiza rondas em 202 pontos críticos mapeados pela Secretaria de Serviços Públicos. Quando uma situação de descarte de lixo ou entulho for verificada, a central do SIM no paço municipal aciona viaturas e guardas mais próximos para confirmar o flagrante e qualificar o infrator para a notificação. Os fiscais das secretarias de Finanças e de Meio Ambiente ou agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego darão sequência ao processo que resultará na multa a ser aplicada.

Confira a reportagem no Orla TV.