A volta do vinil

Não posso acreditar no possível desaparecimento dos CD’s. Tomara que as previsões estejam erradas e ele continue a reinar por muito tempo. Para o bem de todos nós. Hoje escrevo para registrar que o VINIL, também conhecido como long play, disco, bolacha ou qualquer outro nome da sua preferência, está de volta. Não pense que estou enganado. Depois de quase desaparecer das prateleiras, o VINIL ressurge com lançamentos bem interessantes. Eu consegui guardar e preservar boa parte dos meus discos (alguns inclusive que nunca foram lançados no formato CD) e não me arrependo de ocupar muito espaço no armário para mantê-los na minha coleção. Alguns amigos corajosos ou irresponsáveis se desfizeram de seus discos e se arrependem amargamente do que fizeram. Até pouco tempo atrás, só era possível encontrar um disco de vinil, nos sebos, num museu ou nas mãos de colecionadores. Praticamente foram extintos, depois do surgimento do CD. Mas esse cenário começa a mudar atualmente já que os Long Plays voltaram a despertar interesse de artistas e das grandes gravadoras. Um bom exemplo disso são os lançamentos recentes dos álbuns de diversos artistas, inclusive brasileiros. Os executivos das gravadoras garantem que o vinil complementa o marketing e auxilia nas vendas.

Mas garantem que a produção não será em grande escala. Enquanto esperamos as novidades do mercado, vou atualizar alguns endereços preciosos em São Paulo, onde você poderá encontrar algumas boas surpresas: Livraria Cultura – Conjunto Nacional – Av. Paulista, 2073 – Trabalha com lançamentos de diversos artistas. Vale dar uma conferida. Vynil Land Records -www.vinylland records.com/pt – Lança álbuns de artistas brasileiros somente em vinil. A fabricação é feita na Inglaterra. Casa dos Toca-Discos – R. Santa Ifigênia, 398 – Vende equipamentos e acessórios novos para escutar discos de vinil.

Na cidade do Rio de Janeiro, como a Livraria Cultura do Fashion Mall em São Conrado, é possível encontrar diversos discos, antigos e também lançamentos. E não se esqueça do ritual: é preciso escutar primeiro o lado A, depois virar o disco e escutar o lado B. É uma experiência única. Som na vitrola.

Os dois são grandes parceiros musicais e não é raro serem chamados para participar do mesmo Festival.

Isso aconteceu, inclusive no Brasil, na primeira edição do Rock In Rio, no ano de 1985, em que eles se apresentaram para a maior plateia já registrada nos seus shows, com mais de 100.000 pessoas. Um verdadeiro recorde.  Em 2006, para o Selo Concord, eles decidiram se divertir um pouco e gravaram 13 canções, algumas regravações e também algumas inéditas, surpreendentes. Para você ter uma ideia, o tema instrumental “Breezin'”, imortalizado por George Benson e gravado por ele pela primeira vez, no ano de 1976, ganhou uma letra especial e inspirada de Al Jarreau.

Já o tema “Mornin'”, clássico cantado pela voz de Al Jarreau, pela primeira vez no ano de 1983, ganhou uma versão instrumental de arrebentar de George Benson. Merecem destaque também os temas “Summer Breeze”, “God Bless The Child” e “Long Come Tutu”, além de alguns temas inéditos. E como a tônica do trabalho foi a diversão e o clima era de festa, eles resolveram chamar alguns amigos para as sessões de gravação. Marcaram presença os músicos Herbie Hancock, Marcus Miller, Stanley Clarke, Michael White, Patti Austin, Paulinho da Costa e até Paul McCartney. Um time de músicos excepcionais que participaram de um trabalho que merece todo o nosso respeito e admiração.