Clara Monforte

Olhos nos olhos Priscila Ioko

18/07/2014
Olhos nos olhos Priscila Ioko | Jornal da Orla
PRISCILLA YOKOI está entre as dez melhores bailarinas clássicas do mundo. Nascida em São Paulo, iniciou no ballet clássico com dois anos e, aos 14, já era profissional, marcando presença entre os mais importantes Festivais de Ballet, e nos principais teatros dos estados brasileiros e do exterior, alcançando, em todas as apresentações que fez, um público de 5 milhões de pessoas. É palestrante, professora, produtora e apresentadora. É também idealizadora do Projeto de Lei “Dia Municipal do Ballet Clássico” em São Paulo. Para estreitar contato com o público da dança, ela lançou recentemente o site www.priscillayokoi.com, que conta um pouco da carreira, agenda, projetos, fotos e até uma página de venda de produtos para beleza feminina e relacionadas à dança. Nesta entrevista, conta o que fez para alcançar este resultado.

Como é estar entre as dez melhores bailarinas do mundo?
É um sonho realizado, e uma sensação de trabalho árduo reconhecido, muitos anos de muita dedicação, renúncia e investimento. Eu me sinto muito feliz de receber esse reconhecimento.
 
Ser referência exigiu quais sacrifícios?
Tudo tem seu preço. Teve muito choro, muita dedicação, muitos “nãos”, muitas festas de família sem participar, muitas horas de trabalho. Mas tudo isso vale a pena!
 
Que atitudes a levaram ao sucesso?
Muita dedicação, determinação, fé, humildade de receber muitas críticas, buscar a perfeição, e nunca desistir do sonho.
 
Como surgiu a ideia de lançar um site para contar um pouco de sua trajetória?
Vi a necessidade de divulgar meu trabalho na internet, não somente nos espetáculos e festivais, mas também nas redes sociais, em que o acesso é mais rápido, sem custo e prático. 
 
Com esta trajetória brilhante, há algum episódio marcante de sua carreira que gostaria de compartilhar?
Tem sim, o concurso internacional do Japão. Foi uma experiência única de visitar o país de origem de meus avós, conhecer um pouco mais de perto a cultura deles e receber uma medalha que mudou minha carreira artística.
 
Por que investir na venda de produtos de beleza?
Toda bailarina é vaidosa, então não somente se vestir bem, mas também cuidar da pele, dos cabelos e da beleza em geral fazem parte do dia a dia da bailarina.
 
Você, como uma das dez melhores bailarinas do mundo, acredita que todos podem dançar? 
Claro, indico para todos e de todas as idades, a dança faz bem para a alma, corpo e espírito.  Hoje temos muitos ortopedistas quem indicam o ballet para correção postural e de problemas ósseos. 
 
Você também é a idealizadora do Projeto de lei “Dia Municipal do Ballet Clássico em São Paulo. Por que sentiu que havia uma necessidade para ter um dia que homenageasse o ballet?
Porque o ballet é a base de todas as danças, e infelizmente só temos como tradição em países da Europa e América do Norte. No Brasil, nem sempre reconhecem o ballet clássico como uma profissão, então o meu objetivo é que, sendo lembrado, pode ser valorizado. Assim, educamos a população para ressaltar que a cultura é importante e necessária para a comunidade em geral.
 
O ballet é valorizado pelo público em geral?
Infelizmente, em nosso país, não. Meu desejo, por meio de todos os projetos que realizo, também, é a formação de plateia, justamente para acostumá-los com as atividades de cultura.
 
O que você aconselharia para alguém que gostaria de ser, como você, um grande nome da dança?
Eu diria para essas pessoas que, se têm um sonho, lutem por ele, dediquem-se, tenham fé em Deus e em si mesmas. Assim, tudo será recompensado. Afinal, tudo o que plantamos, colhemos.