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Deus é alemão, o papa argentino e Felipão, brasileiro

09/07/2014
Deus é alemão, o papa  argentino e  Felipão, brasileiro | Jornal da Orla
Maior tragédia não foi obra do acaso
 
Os alemães têm saúde, educação, transporte, qualidade de vida, o Papa Emérito, a chanceler Ângela Merkel, considerada uma das líderes mais influentes do mundo, e um futebol de primeiríssima qualidade. Os argentinos têm Messi, raça, determinação e o Papa Francisco.  Já o Brasil… Bem, o Brasil tinha futebol (tinha), tem Felipão, Fred, José Maria Marin, o presidente da CBF que afanou uma medalha, e Dilma Rousseff. Alguém ainda acredita naquela história de que Deus é brasileiro?
 
A tragédia ocorrida no Mineirão, quando a Alemanha passeou em campo, enfiou 7 a 1 no Brasil, e só não marcou mais em respeito ao adversário e por misericórdia, fez um país inteiro chorar. Foi a maior humilhação da história do futebol mundial.
 
Felipão assumiu a culpa, mas, teimoso como sempre, diz que faria tudo de novo, ou seja, considera que o “passeio” foi um acidente. Não foi. É verdade que esta é a seleção mais fraca dos últimos anos, mas poderia, ao menos, perder com dignidade, não fosse a teimosia do treinador. 
 
A experiência abandonada
 
Já na convocação, Felipão deixou jogadores experientes de fora, como Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Robinho. A presença de pelo menos um deles poderia dar mais maturidade ao grupo. E insistiu o tempo todo com Fred, que é até um bom centroavante, mas que está em péssima fase e foi, o tempo todo, um verdadeiro cone em campo.
 
Já no jogo contra o Chile, quando a disputa foi para os pênaltis, a seleção amarelou em campo – vários jogadores choraram, sinal evidente de falta de confiança e da ausência de um verdadeiro líder. Prenúncio de uma tragédia que viria logo depois.
 
Os 200 milhões de torcedores pediam a Felipão que mexesse no meio de campo, que tirasse Fred. O “professor” insistiu no erro e, quando mexeu, mexeu errado. Deu no que deu.
 
Por falar em Felipão, depois de rebaixar o Palmeiras, ele ganhou como prêmio dirigir a seleção brasileira. E agora? Felipão para presidente da República?
 
A conta chegou
 
Não se deve misturar esporte com política, mas a propaganda do governo federal é a de que esta seria “A Copa das Copas”. De fato, os brasileiros deram um belo exemplo de alegria e confraternização, recebendo de braços abertos turistas do mundo inteiro. E boa parte da conta (bem salgada) de R$ 26 bilhões para a construção de estádios superfaturados será paga com os impostos cobrados dos brasileiros que, ao contrário dos alemães, não têm saúde, educação e transporte de qualidade. Fizemos a festa para espantar o fantasma de 1950, e, depois do vexame e da humilhação, vamos entregar o caneco para Alemanha ou para a Argentina, nossa maior rival. 
 
Nunca antes…
 
Sem saúde, sem educação, sem segurança, sem qualidade de vida e, agora, sem o caneco e humilhados. Assim se sentem muitos brasileiros. E com políticos indicando ministro e fazendo conchavos de dentro da cadeia. Como costuma dizer o “companheiro” Lula, “Nunca antes na história desse país…”