Na oportunidade, o governador Geraldo Alckmin anunciou que o Estado vai arcar com metade dos recursos que seriam a contrapartida da Prefeitura (R$ 114 milhões). “Vamos dividir o financiamento para ajudar”, disse.
O município pagará a sua parte no investimento por intermédio de financiamento, no prazo de 30 anos, com carência de cinco anos para início dos pagamentos, a uma taxa juros de 5% ao ano. “É um financiamento de mãe para filho”, disse Dilma, cujo mote na campanha eleitoral de 2010 foi “mãe do PAC”.
A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade, que prevê a destinação de um total de R$ 50 bilhões. O empreendimento irá beneficiar cerca de 1 milhão de moradores da Baixada Santista, formando nova ligação viária entre Santos e São Vicente.
O projeto prevê a ligação das cidades por um corredor de trânsito com faixa exclusiva para o transporte coletivo, com 16,6 quilômetros, ligando a Avenida Antônio Emmerich, em São Vicente, até o porto de Santos. No caminho, serão construídos dois túneis (ida e volta) de 1.350 m e cerca de 10,5 m de largura cada, contendo duas faixas de rolamento para veículos de passeio, corredor de ônibus, ciclovia e passagem de pedestres. Eles serão inseridos num maciço rochoso central ligando Santos (junto ao Marapé) à Zona Noroeste.
Em sua fala, para uma plateia lotada no teatro, Alckmin destacou a importância dos investimentos na “cidade de Santos e do Santos”, numa alusão ao seu time de coração. Acrescentou que obra pode ser um “gol duplo: um de Pelé e outro de Neymar”.
O prefeito Paulo Alexandre Barbosa relacionou uma série de dados sobre a importância econômica de Santos para o país e salientou a necessidade de investimentos em mobilidade urbana. “Temos que nos planejar e preparar para enfrentarmos os desafios, para que possamos avançar”, disse.
Barbosa também destacou a interação entre as três esferas de poder público (municipal, estadual e federal) para viabilizar os projetos. “Temos parcerias importantes. O maior patrimônio que Santos tem é a qualidade de vida, que será garantida com estas obras que estão sendo tiradas do papel”.
O prefeito de Santos lembrou o envolvimento dos demais prefeitos da região, para assegurar as verbas federais. “O PAC Mobilidade é voltado para cidades com mais de 700 mil habitantes. Como nenhuma cidade da Baixada Santista, isoladamente tem tantos moradores, nos unimos e criamos projetos comuns. É uma construção coletiva, dentro da visão metropolitana”.
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