Cerca de 4 mil empregados da empreiteira Tomé, a serviço da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC Petrobrás), estão em greve desde a manhã desta quinta-feira (3). Eles prosseguirão parados, nesta sexta (4), após a assembleia marcada para as 7h, na portaria 1 da refinaria, onde fica o cruzeiro da cidade.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem de Manutenção Industrial (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira, os motivos vão desde erros constantes nos holerites, passam por filas cansativas de até 600 pessoas e chegam aos sanitários imundos, fossas rasas e malcheirosas.
Segundo ele, os trabalhadores não compreendem os códigos dos holerites e as empreiteiras não têm pessoas capacitadas para esclarecê-los. “As filas são insuportáveis. É fila pra tudo. Fila pra ir ao banheiro, para almoçar, para entrar e sair da área. Na hora do almoço, a fila chega a demorar 45 minutos, obrigando o trabalhador a comer correndo.” Oliveira aponta ainda como problemas aos funcionários da empresa, o tamanho do refeitório, a ausência de locais para descansar após o almoço e o tempo de espera para o transporte disponibilizado após a jornada de trabalho. “Nos ônibus, também esperam um tempão para que eles saiam, e acabam se atrasando para as aulas noturnas de cursos que muitos frequentam. Ou simplesmente deixam de ficar mais tempo com familiares e amigos.”
O sindicalista alerta para a falta de condições de evacuação da empresa em necessidade de saída urgente. “Se acontecer um acidente grave, ele pode ser agravado pelos acessos estreitos para tanta gente”.
