O que fazer quando o cachorro se sente dono da casa e controla todo o espaço ao seu redor? Assim como os humanos, os animais podem desenvolver sentimentos como ciúme e possessão, que devem ser tratados quando em excesso. Fazer xixi em lugar errado, ficar agitado e extremamente inquieto na presença de estranhos ou outros cães, ou ainda, morder e latir excessivamente, são indícios de que o cachorro tem um comportamento territorialista e possessivo.
“Em um primeiro momento, o importante não é identificar a causa desse ciúme excessivo, temos que fazer o cachorro entender que quem manda na casa é seu dono e não ele. Para um bom convívio, o animal tem que ser submisso ao dono”, explica a especialista em comportamento animal Tatiana Antunes. Segundo a profissional, os animais assimilam melhor as orientações quando o dono é direto e simples, ou seja, o ideal é que se use apenas um comando para repreender as atitudes caninas quando necessário.
Outra medida que pode ser bem eficaz é buscar uma forma de desconcentrar o cão quando ele estiver em uma situação de estresse. “Distrair o cão é essencial para que ele atinja um estado mental mais calmo e possa responder melhor aos comandos”, alerta Tatiana. É essencial, porém, que se observe o comportamento de seu animal de estimação a qualquer indicio. Em casos específicos é necessário um acompanhamento profissional para uma reabilitação correta e eficaz.
Além disso, outra medida importante para que o seu cãozinho não seja mais possessivo e territorialista é que ele frequente lugares desenvolvidos para a socialização do animal com outros cães de raças, idades e tamanhos diferentes. Pois, ele precisa ser desumanizado e entender que é um animal e que ele é submisso do seu dono, por isso, lugares com aulas de educação, sociabilização, brincadeiras e passeios também são de tamanha importância. “Espaços dedicados à educação e relacionamento entre animais é fundamental para que entenda quem é e qual a sua posição. Muitos cachorros possuem problemas comportamentais, pois vivem apenas com humanos e são tratados como bebês, tendo pouco ou quase nenhum tempo para se relacionarem com outros cães, o que certamente faria com que ele compreendesse quem ele é” – finaliza Tatiana.