As cidades Guarujá, Bertioga e Registro foram acusadas de participarem de um esquema de superfaturamento na compra de uniformes escolares. Elas estão no grupo de 10 cidades do estado que têm irregularidades nos contratos assinados entre 2008 e 2011.
Segundo o promotor de justiça, Arthur Pinto de Lemos Junior, os representantes da 11A uniformes subornavam os funcionários das administrações municipais para que os contratos fossem firmados com a empresa. “Esse superfaturamento era necessário, pois cerca de 10% do dinheiro pago pela prefeitura a empresa ia para as mãos dos funcionários que ajudavam a firmar o contrato”, comenta.
Segundo o Ministério Público, um dos sócios da 11A, Heloisio Duraes, é dono da SP Alimentação e já havia sido investigado em 2010 por fraude na merenda escolar. “Esses empresários que desviam dinheiro público roubam muito mais dinheiro que os bandidos que estão presos nos cárceres brasileiros”, diz.
A Prefeitura de Bertioga explicou, por meio de nota oficial, que não tem conhecimento de nenhum contrato firmado com a 11A, disse também que a empresa ofereceu o menor preço e era compatível com o mercado. A administração de Guarujá disse que o contrato com a empresa foi feito na gestão anterior e as cópias dos contratos estão sendo entregues ao Ministério Público.
