Ao mesmo tempo que facilita a vida das pessoas, nas mais variadas tarefas, a tecnologia também gera um efeito colateral: a produção de um tipo de lixo que não pode ser descartado como os detritos comuns, pois isso pode trazer sérios prejuízos ao meio ambiente.
Para evitar esta situação, uma iniciativa da Fundação Settaport busca recolher o chamado lixo tecnológico e dar-lhe uma utilidade. O Centro de Reciclagem de Lixo Eletrônico da instituição recebe peças de equipamentos, separa o material que pode ser reaproveitado e dá-lhe uma sobrevida. Já o material que não pode ser utilizado é enviado a uma empresa de São Paulo, que dá uma destinação definitiva, sem agredir o meio ambiente.
Apesar de o Centro de Reciclagem ter recebido 86 toneladas de lixo eletrônico em 2013, a quantidade ainda é pequena, se comparada ao número de equipamentos que são despejados no lixo comum.
Segundo Francisco Antonio Nogueira, supervisor operacional do Centro de Reciclagem, as pessoas ainda não sabem a importância de se encaminhar o lixo para o local correto. “Estamos desenvolvendo um projeto que vai receber estudantes para conhecerem o Centro de Reciclagem e aprenderem sobre a importância do descarte regular”. A ideia do projeto é promover uma educação ambiental, para que as crianças, como multiplicadoras de informação, entendam a importância do descarte regular.
“É preciso que haja mais apoio e que as empresas percebam a importância do trabalho, para que possamos melhorar os nossos equipamentos”, revela Francisco. Hoje, o Centro de Reciclagem de Lixo Eletrônico conta com o patrocínio da MSC e da Praticagem, e sobrevive graças ao Settaport.
Inclusão digital– O material de informática que é reaproveitado vira instrumento para a inclusão digital. O Settaport realiza cursos de informática, que acontecem em quatro salas no próprio Centro de Reciclagem de Lixo Eletrônico. Os cursos acontecem o ano todo, mas é preciso ficar atento para o início das inscrições.
Museu– Dentro do Centro de Reciclagem de Lixo Eletrônico, há um museu destinado a peças antigas que foram descartadas pela população. O material exposto é composto por aparelhos antigos que foram enviados por não terem mais serventia. “Temos aqui aparelhos realmente históricos, dignos de serem expostos, mas que iriam para o lixo”, explica.
Quem quiser colaborar com a iniciativa, doando material eletrônico que não utiliza mais, pode doá-lo ao Centro de Reciclagem de Lixo Eletrônico, que inclusive retira o material. Mais informações: 3221-2546 ou [email protected].
