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Uso correto de medicamentos

20/02/2014
Uso correto de medicamentos | Jornal da Orla
Estima-se que, só nos Estados Unidos, 7000 pessoas morram em hospitais por ano por receberem medicamentos de forma errada. Em relação aos erros em ambiente domiciliar, não se tem dados precisos. Mas há indicativos de que 5% do internamento de idosos em hospitais sejam devido ao uso inadequado de medicamentos. Inclui-se nessa avaliação, o simples fato de deixar de tomar o medicamento por vontade própria ou por esquecimento.
 
Nem todo erro e nem todo o medicamento levará um indivíduo à morte, mas é importante sempre estar atento. Ações simples, como a identificação legível do paciente na prescrição médica contendo o nome completo, endereço e a data de nascimento já ajudariam evitar alguns problemas. Outra coisa simples é evitar o uso da frente e do verso da prescrição, pois poderá haver a falta de atenção ou esquecimento, tanto da farmácia em relação à dispensação, quanto do usuário em relação ao uso de medicamentos.
 
O uso de abreviaturas é totalmente contraindicado. Por exemplo, AZT é um nome reconhecido para um medicamento antirretroviral (contra HIV), mas é comum encontrar-se essas mesmas letras como abreviação para outro medicamento, azitromicina, que é um antibiótico. É preciso muita atenção com os medicamentos com nomes parecidos, como clorpropamida e clorpromazina, os quais são de duas classes totalmente diferentes. O primeiro é para diabetes e o segundo é para transtornos psiquiátricos e para alguns casos de vômito. As cefalosporinas, um tipo de antibiótico, têm vários nomes muito semelhantes entre si, mas que agem diferentemente. Alguns exemplos: cefalexina, cefuroxima, cefotaxima e cefoxitina. Além de confusões derivadas dos nomes comerciais.
 
Um erro muito comum é acreditar que existam medicamentos de “uso contínuo”. Mesmo as pessoas portadoras de doenças crônicas precisam fazer um controle médico periódico, quando serão reavaliados e decidir-se pela manutenção ou modificação da terapêutica. Não tome o mesmo medicamento por anos, sem reavaliação médica!
 
Outro erro provocado por falta de informação adequada são os medicamentos prescritos como “se necessário”. Peça ao seu médico que escreva na prescrição como fazer uso desse medicamento. Você precisa saber a dose indicada e a quantidade máxima que se pode tomar em um mesmo dia, por quanto tempo pode fazer uso antes de optar por outras estratégias ou procedimentos. Normalmente são medicamentos para o controle da dor. Nos casos de dengue, a falta de orientação faz como que muitas pessoas se intoxiquem com o paracetamol, um medicamento seguro quando usado corretamente.
 
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