Um cenário deslumbrante aguarda o turista que se aventura até a Costa Amalfitana, uma região ao sul de Nápoles com charmosos vilarejos e casinhas coloridas encravadas em penhascos à beira-mar que explicam a razão de a Itália ser um dos destinos preferidos por viajantes do mundo todo. Declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, a Costa Amalfitana fica a 300 km de distância de Roma, na península que vai de Sorrento até Salerno.
Ao longo da península, pequenos tesouros vão se revelando, como Amalfi, Positano, Ravello. Praticamente todos eles repousam sobre falésias, de cara para o oceano, e são cortejados por uma estrada que serpenteia através de oliveiras e vinhas. É em pequenas áreas urbanas à beira-mar como essas que os turistas curtem o clima romântico e desvendam os costumes e o folclore desta porção muito peculiar da Itália.
Há também baías, enseadas e preciosidades geológicas como a esplêndida Grotta di Smeraldo (Gruta Esmeralda), no vilarejo de Conca dei Marini, que ficou escondida até a sua descoberta em 1932. É um dos mais populares pontos turísticos da península, conhecida pelo espetacular fenômeno causado pelos raios solares, que são refletidos pela água e iluminam seu interior, gerando um efeito colorido.
Amalfi e sua história
A cidade se tornou a mais rica no sul da Itália durante o Renascimento e converteu-se em alvo incessante da cobiça dos invasores árabes e sarracenos. Amalfi já existia como um estado independente e organizado desde a Idade Média, no ano 840. A influência de várias culturas é percebida em vários pontos, como a Cattedrale di Sant’Andrea -também chamada de Duomo -, obra-prima em estilo árabe-normando, misturando paredes brancas a ornamentos dourados e um sino no topo de uma torre do século XIII. Foi remodelada várias vezes, com elementos bizantinos, góticos e barrocos.
Ravello, mirante natural
A três quilômetros de Amalfi – só que para dentro do continente -, esta pequena região fica no alto de um penhasco, 400 metros acima do nível do mar, e por isso mesmo se constitui no mais deslumbrante mirante natural de toda a Costa Amalfitana. Conforme a região ganhou fama, residências e oficinas viraram pousadas e hotéis-butique.
Limoncelo, sabor sem igual
A Costa Amalfitana é conhecida pela sua produção do limoncello, um licor doce produzido por maceração de casca de limão em álcool, misturado depois com calda de açúcar e deixado para maturar por um mês. De cor amarela e sabor forte, mas refrescante, pode ser apreciado como aperitivo ou como digestivo após as refeições.
Positano, lar de estrelas
Em Positano, viver na encosta é a regra – e isso a torna tão especial. Suas ruas íngremes, à sombra de figueiras, exibem antigas casas de pescadores e mansões hoje convertidas em hotéis. Há também butiques, oficinas de cerâmica e restaurantes, só descobertos por quem circula a pé pelas escadarias. Tanto glamour atraiu para Positano astros e estrelas hollywodianas, como Elizabeth Taylor e Richard Burton, além dos diretores de cinema Roberto Rossellini e Alberto Sordi.
Capri,puro charme no meio do mar
Embora seja ilha e, portanto, não pertença à península, é difícil ir à região de Amalfi sem dar um pulinho na Ilha de Capri, em viagem de barco de meia hora partindo de Sorrento. Com apenas 10 km² (menor que Fernando de Noronha), a ilha se divide em dois municípios: Capri e Anacapri. A ilha é repleta de formações rochosas que despontam de modo agudo das águas do Mar Tirreno. Além da beleza natural, tem todo o charme dos lugarejos turísticos italianos, com lojinhas, restaurantes, belas construções e atrações históricas. Caso da Igreja de San Michele Arcangelo, em Anacapri, um dos mais bem preservados exemplos do estilo barroco na Itália.
Sorrento, à sombra dos limoeiros
Agarrada a um penhasco como um frágil terraço sobre o mar e sombreada por limoeiros, é ponto de partida para diversas atrações da região da Campanha. Fica perto de Nápoles e de Pompeia, grudadinha na Costa Amalfitana e a meia hora de barco da charmosa Ilha de Capri. Mas a cidade de Sorrento também é uma atração em si, com belíssima vista de todo aquele mar infinito e famosa pela produção de rendas e pelos trabalhos artesanais feitos com madeira. As praias principais são a Marina Piccola, que é a mais central, e a Marina Grande, que fica em meio aos barcos e às casinhas coloridas.