Natureza, aventura e mistério se encontram na remota Ilha de Páscoa, a 3.700 km da costa chilena, na imensidão do Oceano Pacífico. As principais atrações do lugar são as mais de 600 estátuas moais espalhadas pela ilha. São representações em pedra de figuras humanas (algumas com 10 metros de altura), com centenas de anos de história. Apesar do isolamento, a ilha é muito procurada por turistas do mundo todo pela sua beleza e principalmente pela energia e crenças que envolvem sua existência.
As grandes estátuas intrigam até hoje cientistas e arqueólogos, pois nunca ninguém descobriu como elas foram feitas, como foram carregadas e nem mesmo o porquê de sua existência. Este pequeno pedaço de terra da Oceania (entre o Chile e a Polinésia) foi descoberto por acaso pelo explorado holandês Jacob Roggeven, justamente num domingo de Páscoa de 1772, daí o nome. Roggeven descreveu os Rappa nuis, como eram chamados os nativos, de “um sutil povo de mulheres formosas e homens amáveis”.
Umbigo do mundo
Também conhecida como Te pito o te henúa (“umbigo do mundo”), é uma das ilhas mais isoladas do mundo. A ilha habitada mais próxima é Pitcain, quase 2 mil km de distância. Com 116 km², população de 3 mil habitantes e paisagem de origem vulcânica, a Ilha de Páscoa foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura) em 1995.
Além das estátuas moais, a ilha oferece lindas paisagens e uma boa estrutura turística. Os nativos gostam de receber os turistas com colares de flores, uma influência herdada da Polinésia (conjunto de ilhas do Oceano Pacífico). A ilha possui várias opções de hospedagem, restaurantes, hospital, farmácia, posto de gasolina.
Os misteriosos moais
O principal símbolo da ilha, e provavelmente seu maior mistério, são os moais, esculturas gigantescas com formas humanas esculpidas em pedras vulcânicas espalhadas pela pequena superfície da ilha, sempre com a mesma expressão no rosto, parecendo vigiar os horizontes com olhar distante e sereno. Quase todas essas estátuas estão de costas para o mar, olhando para o interior da ilha; os nativos dizem que é uma forma de proteção para Rapa-Nui.
Colossais e imponentes, elas pesam até 400 toneladas. Quase todas essas estátuas foram esculpidas na cratera do vulcão Rano Raraku. As mais antigas estima-se que sejam do século 8 e são as menores, cerca de 5 metros; já as mais novas datam do século 13 e algumas ainda estão presas as grandes pedras onde eram esculpidas.
Eram os Deuses Astronautas?
Eram os Deuses Astronautas? é o título de um livro escrito em 1968 pelo suíço Erich von Däniken, em que o autor teoriza a possibilidade das antigas civilizações terrestres serem resultados de alienígenas (ou astronautas). Von Däniken apresentou como provas ligações entre as colossais pirâmides egípcias e incas, as quilométricas linhas de Nazca, os misteriosos moais da Ilha de Páscoa, entre outros grandes mistérios arquitetônicos. Ele também cria uma teoria de cruzamentos entre os “extraterrestres” e espécies primatas, gerando a espécie humana. Dizia o autor que esses “extraterrestres” eram considerados divindades pelos antigos povos: daí vem a explicação do título do livro.