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Manifestantes seguem na Avenida Paulista e em frente ao Planalto em protesto contra governo

17/03/2016
Manifestantes seguem na Avenida Paulista e em frente ao Planalto em protesto contra governo | Jornal da Orla
*Agência Brasil
Com bandeiras do Brasil amarradas ao corpo, um grupo de manifestantes permanece hoje (17) bloqueando os dois sentidos da Avenida Paulista, em São Paulo, em frente a sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, manifestantes contrários e a favor do governo trocam ofensas.
 
Segundo a Polícia Militar, o bloqueio na Paulista ocorre desde o início da noite de quarta-feira (16). Os manifestantes protestam contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil e pedem a renúncia da presidenta Dilma Rousseff.
 
No início da manhã de hoje, por volta das 7h, o grupo era pequeno, formado por cerca de 50 pessoas. Mas a expectativa é que o número de manifestantes cresça ao longo do dia. Por causa disso, a barreira policial estende-se da Alameda Pamplona, próximo à sede da Fiesp, até a região do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
 
Logo cedo, os manifestantes que estão no local cantaram o Hino Nacional. Faixas estendidas pela avenida pedem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
 
Segundo a Polícia Militar, a manifestação é tranquila. Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estão orientando os motoristas para os desvios alternativos.
 
Tensão em frente ao Planalto
Apesar de a maior parte dos manifestantes a favor e contrários ao governo terem se dispersado, integrantes dos dois grupos permanecem na Praça dos Três Poderes e o clima de tensão continua, com troca de ofensas de ambas as partes.
 
A Polícia Militar desfez o cordão de isolamento que impedia que o grupo contrário ao governo se aproxima-se do Palácio do Planalto e pessoas vestidas de preto e verde e amarelo ficaram a poucos metros daqueles vestidos de vermelho, separados pela polícia.
 
Membros do grupo contrário ao governo entraram no espelho d’água do anexo aos fundos do Congresso Nacional e também se aproximaram do Supremo Tribunal Federal.
 
Em diversos momentos, membros de grupos antagônicos ficaram frente a frente, ameaçando se agredirem até que a polícia chegasse para intervir, inclusive com o uso de spray de pimenta e bombas de efeito moral.
A Polícia Militar estimou que, o auge da manifestação contrária ao governo reuniu 3 mil pessoas, enquanto que o grupo favorável à presidenta Dilma Rousseff e à nomeação de Lula como ministro chegou a quase 1 mil.
 
Mais cedo, no entanto, muitos manifestantes a favor do governo foram intimidados pelo grupo contrário ao tentar se aproximar pela via de acesso ao Palácio do Planalto. Um homem de vermelho chegou a ser agredido a socos e pontapés, tendo a camisa rasgada.