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Após vazamento de produto químico, nuvem tóxica ainda se espalha na região

15/01/2016
Após vazamento de produto químico, nuvem tóxica ainda se espalha na região | Jornal da Orla
Quase 24 horas após o incêndio em um contêiner que transportava produto químico no terminal da Localfrio, na margem esquerda do Porto de Santos, o vazamento de gás continua formando nuvens tóxicas que se espalham pela Baixada Santista. Além de Guarujá, Santos, São Vicente e Cubatão também foram afetadas. 
 
Cerca de 140 pessoas procuraram atendimento médico nos hospitais e pronto socorros de Guarujá  e de Santos com irritação nos olhos e problemas respiratórios. 

Produto é usado para desinfeção de piscinas

A Companhia Docas do Estado de São Paulo afirma que o produto químico que está vazando no porto é o ácido dicloro isocianúrico de sódio, nome comercial do composto dicloro isocianurato de sódio (C3 O3 N3 NaCl2), usado para a desinfecção de piscinas. 
 
A Defesa Civil do Estado informou, no início desta sexta-feira (15), que o fogo atingiu entre 20 a 25 contêineres. A suspeita dos técnicos é de que o dicloro isocianurato de sódio estava armazenado em sacos dentro de um contêiner que estaria com avarias. Em contato com a água da chuva, possivelmente houve reação química e, consequentemente, incêndio. Os bombeiros acreditam que até o final desta sexta-feira consigam encerrar o combate às chamas. Na sequência, haverá o trabalho de rescaldo.

Munícipes foram evacuados
A Prefeitura de Guarujá orientou que os moradores das ruas compreendidas num raio de 100 metros (determinação da Anvisa), no quadrante entre a Avenida Santos Dumont, Avenida Alvorada, Rua Papa Paulo VI e Avenida Adriano Dias dos Santos, no Jardim Boa Esperança, saíssem de suas casas e se dirigissem para a residência de familiares ou amigos.

Máscaras
As unidades de saúde de Guarujá estão distribuindo máscaras à população. A prioridade é para os moradores da área mais atingida. Ainda não há um balanço de quantas máscaras já foram entregues.
 

Danos ambientais
Em relação aos danos ambientais, a Cetesb avaliou que primeiro será analisado o motivo que levou a combustão, e somente após todos os laudos concluídos será possível identificar danos. Não há até o momento nenhuma comprovação, por parte da Polícia Ambiental, que resíduos tóxicos tenham contaminado o mar ou o ar.

A Marinha e Exército disponibilizaram equipamentos altamente sofisticados para análise. A Cetesb disponibilizou três equipamentos. Todos os órgãos ainda farão análises de suas competências. Segundo a Cetesb, as praias e a região central de Guarujá não foram impactadas pela ocorrência.

Números
De acordo com a administração municipal, 70 profissionais da Guarda Civil Municipal, Diretoria de Trânsito e Defesa Civil Municipal isolaram a área e disciplinam o trânsito das vias de acesso a Vicente de Carvalho. 80 bombeiros com 27 viaturas da Baixada Santista e Grande São Paulo atuam no local. 50 policiais militares estiveram de prontidão para auxiliar caso necessário. Dez agentes da Defesa Civil do Estado, com quatro viaturas, monitoram a situação.

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