Não é apenas o governo Dilma Rousseff que está completamente sem rumo. É o Brasil, este lindo país tropical que parece enfrentar todas as pragas endereçadas ao Egito, conforme o velho testamento. O pesadelo sem fim vivido pelos brasileiros parece amparado pela Lei de Murphy, segundo a qual nada que está tão ruim não possa piorar. Vai piorar.
Tragédia nacional, o governo Dilma já não existe e está refém de vigaristas da política nacional. Seu maior objetivo, hoje, não é tentar tirar o país da crise, que esse mesmo governo instalou por absoluta incompetência, mas apenas conseguir permanecer até 2018, mesmo que de forma decorativa.
Responsável maior pelo infortúnio nacional, Lula da Silva, completamente desmoralizado pelas denúncias de enriquecimento pessoal e familiar, ainda tenta usar seus dons de ilusionista para enganar setores da sociedade. Para Lula, “querem tirar os pobres do poder”. De que pobres ele está falando?
Com o país falido, Dilma foi recentemente a Paris onde ficou com sua comitiva num dos hotéis mais caros do mundo. Todas as despesas foram consideradas “secretas”, ou seja, os contribuintes não têm o direito de saber quanto gastou no hotel de luxo a presidente de um país falido. Ano passado, só em aluguel de limusines, em Nova York, foram US$ 100 mil e o contribuinte só soube quando os proprietários dos veículos cobraram a dívida na Justiça. Um escárnio.
No Congresso, um bando de vigaristas ofende diariamente a inteligência do cidadão. O Judiciário é, talvez, o único Poder da República que parece funcionar, parcialmente. Em qualquer país civilizado do mundo, o presidente de uma empresa como a Samarco, responsável por uma das maiores tragédias ambientais do planeta, com quinze mortos, quatro desaparecidos e destruição total de famílias e do meio ambiente, estaria encarcerado. No Brasil, ele não só está solto, como se recusa a dar entrevistas. Uma afronta ao país que pensa.
Reproduzimos aqui o que escreveu o jornalista Fernando Gabeira, em sua coluna no Jornal O Globo: “O que se suporta no Brasil não seria tolerado em nenhum outro país do mundo: crise econômica, desemprego, crise ética, mar de lama sufocando rios, mosquitos devorando o cérebro de futuras gerações e uma quadrilha única no poder”.
Até quando, senhores? Até quando?