Inaugurado oficialmente em março de 1979, o Teatro Municipal Braz Cubas (TMBC) é um dos principais palcos da cultura do Munícipio. No local foram representadas centenas de apresentações entre peças, concertos, festivais de dança e shows humorísticos. Mas o lugar também conta histórias através de seus personagens. Um deles é Juracy Acacio Das Dores. Funcionário mais antigo que começou na equipe de faxina e hoje é coordenador técnico do teatro, completa 28 anos de casa no dia da reinauguração do Brás Cubas.
“Comecei aqui no dia 12 de novembro de 1987. Iniciei como faxineiro, depois trabalhei como técnico de palco, um tempo após me tornei sonoplasta e desde fevereiro desde ano sou coordenador técnico do teatro”, relata Juracy, que trabalhou em toda reforma do local.
Sobre o processo de reestruturação do TMBC, ressalta o novo sistema de refrigeração, a reparação do sistema analógico de iluminação, original de 1974. “São trabalhos que quase ninguém m vê, mas fazem a diferença. Por isso nos dedicamos muito a todos esses detalhes nesse tempo de reforma. Um deles é o urdimento, estrutura que fica 18 metros acima do palco e foi um dos pontos principais da renovação do local”.
Em equipe
Ao longo desse tempo o coordenador técnico do teatro viu o espaço receber milhares de pessoas e inúmeros espetáculos. Um deles não sai da mente de Juracy. “Cacá Rosset apresentou a peça ‘O Doente Imaginário’, tinha uma parte em que um ator, sustentado por um equipamento a seis metros de altura, andava de cabeça pra baixo. Esse fato ficou marcado na minha mente”.
Trabalhando juntamente a Juracy, com um ano a menos de casa, está Antonio Carlos Félix. Senhor Félix, como é chamado pelo pessoal que trabalha no teatro, já passou por diversos cargos e hoje é encarregado de manutenção.
Ele destaca a pluralidade da equipe, que sempre ajuda e contribui para o funcionamento do equipamento público. “Todos nós já trabalhamos em inúmeras funções. Atendimento ao público, recepção, reparos. Sempre nos desdobramos em diversas sessões diárias de espetáculo”.
Tesouro
E o teatro não para de revelar histórias e segredos. Durante esses dias de reforma, Juracy e Senhor Félix foram surpreendidos com a descoberta de um tesouro escondido no local. Bilhetes para uma peça encenada no teatro em 1976. “Retiramos um forro e lá dentro foram encontramos muitos ingressos da peça ‘Muro de Arrimo’ do ator Antonio Fagundes”, diz o encarregado de manutenção.
E o teatro não para de revelar histórias e segredos. Durante esses dias de reforma, Juracy e Senhor Félix foram surpreendidos com a descoberta de um tesouro escondido no local. Bilhetes para uma peça encenada no teatro em 1976. “Retiramos um forro e lá dentro foram encontramos muitos ingressos da peça ‘Muro de Arrimo’ do ator Antonio Fagundes”, diz o encarregado de manutenção.
Histórico
Em 1968, o então prefeito Sílvio Fernandes Lopes começou as obras do Centro de Cultura Patrícia Galvão, onde está instalado o teatro. Em 26 de janeiro de 1973, recebe as apresentações do Coral Infantil Municipal, regido por Aliete Cruz Gomes; de Ruth Lima, 1ª bailarina do Municipal do Rio de Janeiro; de Mozart Xavier, da escola de balé da PUC Campinas; dos violonistas Antonio Manzioni e Natan Schwartzman e da Orquestra Sinfônica Municipal de Santos (OSMS), sob a regência do então maestro Bruno Rocella.
Já 1975, ainda com carpetes no piso e cadeiras de marfinite, o local recebeu temporada de óperas. Em 10 de março de 1979, Antônio Manoel de Carvalho, por meio do decreto nº 5438, publicado no Diário Oficial no dia 6 de março do mesmo ano, inaugurou o Teatro Municipal Braz Cubas. Que recebeu o Corpo de Baile Municipal, a OSMS e Banda Municipal Carlos Gomes.
Reabertura
Fechado desde julho de 2014, o Teatro Municipal Braz Cubas passou por diversas reformas e reabre nessa quinta-feira (12), às 19h30, com a presença do prefeito Paulo Alexandre Barbosa que realiza cerimônia de abertura.
Logo após, às 20h, a Aplauso Cia. de Dança sobe ao palco e apresenta ‘Santos de Frente Para o Mundo’. O espetáculo de dança contemporânea, que é dirigido porLuciana Raccini e Sueli Cherbino, narra o cotidiano santista em diversas paisagens e a influência do porto em todas elas. Entrada gratuita.
Já nos dias 14 e 15, às 21h e 19h, é a vez da peça ‘Abajur Lilás’. Adaptação do texto de Plínio Marcos, dirigida por Tanah Corrêa e que traz Nuno Leal Maia no elenco. Os ingressos custam de R$ 5 a R$ 20 e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro.
Serviço:
Cerimônia de reabertura e ‘Santos de Frente Para o Mundo’
Quinta-feira (12). 19h30.
Entrada Gratuita
‘Abajur Lilás’
Sábado (14), às 21h. Domingo (15), às 19h.
Ingressos custam de R$5 a R$ 20 e podem ser comprados na bilheteria do Teatro.
Teatro Municipal Brás Cubas.
Av. Sen. Pinheiro Machado, 48, Vila Mathias.