Clara Monforte

Olhos nos olhos com Rick Sollo

01/08/2015
Olhos nos olhos com Rick Sollo | Jornal da Orla
Com um trabalho repaginado e trazendo novas parcerias, o cantor RICK SOLLO acaba de finalizar o primeiro CD da nova fase, em que se apresenta sem o cantor Renner. O álbum “Foi Deus” traz 16 faixas, entre inéditas e regravações de sucessos da música sertaneja, e participações especiais. Nesta entrevista, fala sobre um país musicalmente dividido.
 
Qual é a sensação de recomeçar sozinho?
Recomeçar é preciso, sempre. Penso que a carreira solo foi inevitável. 
 
Os fãs de RIck e Renner podem esperar pelo retorno da dupla?
Literalmente, não.  É uma decisão definitiva. Não vou dizer que um dia não cantaremos juntos se estivermos em um mesmo ambiente, ou gravar uma canção, mas voltarmos como dupla está fora de cogitação.
 
O que o público pode esperar de seu novo CD?
Sou muito fiel à minhas origens e o que marcou a minha carreira sempre foi o romantismo. Minha essência é essa, então eu vou dar sequência a isso. Mesmo sozinho, posso até navegar por sonoridades diferentes, mas vou manter a minha fidelidade às músicas românticas acima de tudo.
 
Quais artistas do primeiro time você destaca nesse novo trabalho?
Em um trabalho que reúne Daniel, Rionegro & Solimões, Chitãozinho & Xororó, Bonni e Belluco, Gusttavo Lima, Marciano e Padre Fábio de Melo, todas as participações são especiais. 
 
A morte do sertanejo Cristiano Araújo demonstrou um Brasil musicalmente dividido. Qual a sua opinião a respeito disso?
Eu tive a oportunidade de conhecer o Cristiano e ele fez parte do meu casting de amizades. É muito perigoso as pessoas apelarem para aparecer, tentando fazer parte de tudo o que está acontecendo. 
 
Como assim?
Estamos em uma era em que as pessoas não querem ficar de fora de nada e, na ânsia de distribuir opiniões sobre assuntos que desconhecem, acabam metendo os pés pelas mãos. Já que não “curte”, desconhece, ou não é fã, é simples se manter fora disso. Ter esse cuidado, essa delicadeza, é essencial.