Um dos principais problemas bucais depois dos 60 anos de idade é a “síndrome da boca seca”, problema que afeta mais as mulheres do que os homens. Nesta fase da vida a pessoa tem metade da saliva de um jovem. “A boca fica seca e desconfortável, dificultando principalmente a deglutição e diminuindo a resistência bucal. Quando não diagnosticada e tratada a tempo, essa condição pode resultar, inclusive, na perda dos dentes explica o dentista Artur Cerri.
A síndrome da boca seca pode ser fisiológica ou indicar algumas doenças sistêmicas, acelerando o aparecimento de cáries, infecções bucais e, principalmente, gengivite – além de comprometer não só os dentes do idoso, como também sua saúde em geral, já que, com o tempo, ele passa naturalmente a comer menos e ingerir apenas alimentos macios ou líquidos. “É de um ciclo vicioso que precisa ser interrompido”, diz.
Sintomas – Na presença de mau hálito, língua avermelhada ou áspera, sensação ruim na garganta, sede frequente, sensação pegajosa na língua ou mesmo ardência, dificuldade ao falar, feridas nos cantos da boca, fissuras nos lábios e rouquidão, o ideal é procurar um cirurgião-dentista para diagnosticar e tratar a doença.
“É importante que as mulheres escovem os dentes e façam enxágues diversas vezes ao dia, além de ingerir bastante líquido diariamente e adotar uma alimentação rica em alimentos com alto teor de água. De modo geral, a pessoa idosa também deve cortar o alimento em pedaços pequenos, acrescentando, por exemplo, uma boa fatia de melancia, abacaxi, ou melão ao prato principal. Essa rotina controla os efeitos da boca seca durante as refeições e evita que a pessoa passe a comer menos e a ficar com a musculatura oral enfraquecida”, recomenda.