“Não deixe água parada e limpa em vasos de plantas, pneus e garrafas. Verifique as calhas, caixas d’água e bandejas de geladeiras”. Essas são algumas dicas que você, provavelmente, já cansou de ouvir. Mas, acredite, apesar das campanhas de conscientização e ações contra o Aedes Aegypti, a Dengue ainda está presente em Santos.
A Secretaria de Saúde confirma 131 casos da doença no chamado ano epidemiológico, período entre julho de 2014 a julho de 2015. “Estamos em situação de alerta na cidade. O número de casos deste ano é superior ou mesmo período da temporada anterior”, alerta a coordenadora de Vigilância em Saúde de Santos, Ana Paula Valeiras.
Para evitar que mais munícipes sejam acometidos pela doença, a Prefeitura desenvolve ações que incluem, além do trabalho de campo dos agentes de vetores e mutirões, o uso de drone (veículo aéreo não tripulado dotado de câmera) para identificar e captar imagens de imóveis em que não é possível a inspeção por estarem fechados.
“O drone está sendo usado desde fevereiro e os resultados são muito bons. Os proprietários dos imóveis, que foram identificados com criadouros, estão colaborando com nosso trabalho”, explica a coordenadora. Os munícipes podem ajudar na identificação dos locais que sejam focos do Aedes Aegypti, por meio de denúncia no Disque Dengue: 0800-7706869 ou 3225-8680.
Febre Chikungunya
O Aedes Aegypti transmite, além de quatro sorotipos da Dengue, o da Febre Chikungunya. Essa doença, que também pode ser transmitida pelo mosquito Aedes Albopictus, tem sintomas parecidos com os da Dengue (dores nas articulações, de cabeça e musculares, manchas vermelhas na pele e febre repentina e intensa, acima de 39°C). O Ministério da Saúde já registrou 3.867 casos suspeitos e 2.776 confirmados, sendo que as regiões Norte e Nordeste são as que possuem maior incidência da doença.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, desde 2014 foram confirmados 38 casos importados de Chikungunya, ou seja, nenhum paciente contraiu a doença no Estado, o que indica que o vírus não está circulando em São Paulo. Eliminar água parada e limpa é a melhor forma de prevenção a ambos os vírus.