Não é só a presidente Dilma Rousseff e seus companheiros do PT que parecem viver na ilha da fantasia chamada Brasília. Eles acreditaram no Brasil maravilha apresentado pelo marqueteiro João Santana nas últimas eleições, mas e os deputados federais? A exemplo do governo petista, os parlamentares torram o dinheiro do contribuinte com a desfaçatez de um tarado num bordel. Se bem que a comparação, neste momento, pode parecer injusta para com o tarado, tamanha a obscenidade que se registra na capital da República.
É simplesmente inacreditável que, ao mesmo tempo em que cobra dos cidadãos grandes sacrifícios, os deputados federais aprovam uma nova sessão de mordomias, que inclui o pagamento de passagens aéreas para cônjuges e aumento da verba de gabinete – utilizada para pagar 25 assessores a que cada parlamentar tem direito – de R$ 78 mil para R$ 92 mil.
Em outras palavras, Dilma e seu PT jogaram o Brasil numa grave crise econômica e moral, que vai arruinar empresas e cidadãos, e agora pedem sacrifícios para a população, enquanto o Parlamento, com raras exceções, toca a valsa para mais um baile da corte, regado a champanhe e caviar.
Os senhores deputados mostram, mais uma vez, que é insaciável o seu apetite para destruir o Brasil. Como se não bastasse a nova e indecente escalada contra o erário, aprovada pela Mesa Diretora, os parlamentares agora querem construir um novo conjunto de prédios para a Câmara Federal, que inclui quatro edifícios e até um Shopping Center. O custo estimado da nova brincadeira: um bilhão de reais.
É justo, afinal, enquanto os senhores deputados planejam novos ataques contra o Brasil, e transformam o Parlamento brasileiro num bordel, as madames terão um novo lugar para compras em Brasília, o que justifica a aprovação para o pagamento das passagens aéreas para os cônjuges.
Tudo acertado, as empreiteiras recomeçarão suas vidas construindo mais um elefante branco, provavelmente com preços superfaturados, como é praxe no Brasil, até porque a CPI que vai investigar empreiteiras pelas roubalheiras na Petrobras é composta por vários deputados que receberam recursos dessas mesmas empresas para a campanha eleitoral.
Na lógica do absurdo que se instalou em Brasília, o suspeito investiga o crime. E debocha do cidadão.