Uma boa noite de sono é essencial para manter a mente e o corpo relaxados, mas nem todo mundo é capaz de ter um descanso profundo. Estatísticas demonstram que 30% da população sofrem de distúrbios do sono.
Segundo o médico neurologista e diretor do Instituto do Sono de Santos, Faustino Pacheco Filho, hoje é mais fácil estudar o sono, pois, graças a um exame chamado eletroencefalograma, é possível fazer um registro gráfico das correntes elétricas no cérebro e entender melhor o que acontece enquanto dormimos.
Estágios do sono
Hoje, de acordo com Pacheco, são conhecidos cinco estágios do sono. “Os estágios 1 e 2 são os que dão uma sensação de sonolência, portanto, mais superficiais. Os estágios 3 e 4 são os que deixam o indivíduo descansado. Já o 5 é o sono mais pesado, que solidifica a memória”.
“Todos temos um padrão de sono. Portanto, não é possível definir o tempo certo que cada um deve dormir”, explica. “Não adianta dormir muito, nem pouco, o importante é que a pessoa atinja, em média, seis ciclos de sono por noite, ou seja, vá do estágio 1 ao 5 por seis vezes”.
Distúrbios
A principal queixa, no que se refere a distúrbios do sono, é a insônia e, de acordo com o médico, normalmente está aliada a problemas pessoais. “A grande parte das pessoas que vai ao meu consultório sabe por que não estão dormindo, mas não querem resolver, pois resolver problema é muito difícil”, conta. Segundo ele, a maior parte dos distúrbios envolvendo insônia pode ser resolvida por terapeutas comportamentais.
Outro problema é o ronco, que pode ser o ponto de partida para a apneia, uma parada respiratória que acontece por alguns segundos. “É um sinal de alerta, mas se a pessoa está roncando e para de roncar é pior, pois é quando ocorre a apneia”. Pacheco alerta que se ela durar menos que cinco segundos, é considerada leve. Se for maior , é importante consultar um médico.
Para dormir bem
Ele explica que um ambiente arejado, tranquilo e escuro é ideal para uma boa noite de sono. “De preferência escuro, pois na escuridão, a melatonina sobe e desencadeia o sono, já com a claridade, a melatonina cai e a pessoa desperta”, conta.