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Fogos de artifício e o perigo de queimaduras

26/12/2014
Fogos de artifício e o perigo de queimaduras | Jornal da Orla
Soltar fogos para comemorar a chegada do novo ano é tradição em várias partes do mundo. Um espetáculo bonito, mas também temido caso a pessoa não tenha habilidade para o manuseio, pois pode causar queimaduras em quem lança ou em quem apenas está por perto. A médica dermatologista Anelisa Lamberti comenta que, no caso dos explosivos, a pólvora está em alta temperatura e aceleração. Esses dois fatores em contato com a pele, normalmente, causam ferimentos mais graves.
 
“Se o indivíduo foi ferido pelas fagulhas na praia, é importante lembrar que não é indicado lavar o local com a água do mar, a não ser que não exista outra opção, pois o sal, as bactérias e o iodo presentes na água prejudicam a área queimada e podem até piorar a situação”, orienta. 
 
Ela explica que os primeiros socorros em caso de queimaduras superficiais são: lavar a área ferida em água fria e corrente e depois fazer o uso de pomadas antibióticas que ajudam na cicatrização e tratamentos de infecções. “Também é preciso lembrar que se o ferimento for profundo é preciso procurar um hospital logo após a limpeza porque, nesses casos, os tratamentos são mais específicos”.
 
Erros comuns – A dermatologista alerta sobre os erros praticados pela população na hora de ‘cuidar’ da queimadura, como passar manteiga, pasta de dente, óleo de cozinha e gelo. “Essas medidas caseiras nunca são recomendáveis, pois podem agravar a dor ou até mesmo causar complicações, como infecção e inflamação do local”, diz.
 
A bolha que surge após a queimadura não deve ser rompida. “O conteúdo deverá ser naturalmente absorvido no processo de cicatrização. Quando a bolha se rompe, também é indicada a limpeza com água corrente e o uso da pomada antibiótica. Após essa fase aparecem as famosas crostas que se formam sobre a pele machucada para protegê-la e devem cair espontaneamente”, ensina a médica.