Da árvore aos alimentos que compõem a ceia, tudo tem uma razão de ser na festa de Natal. Confira alguns simbolismos da festa que celebra o nascimento de Jesus para os Cristãos e a chegada do Papai Noel:
25 de Dezembro – Como se desconhece a data de nascimento de Jesus, a partir do século IV a Igreja Católica estabeleceu 25 de dezembro como data oficial de comemoração. O dia 25 apareceu pela primeira vez no calendário de Philocalus em 324, opção feita pelo Papa Júlio I para cristianizar as grandes festas pagãs realizadas nesse dia.
Papai Noel e a Coca-Cola – A figura do bom velhinho teria sido inspirada no bispo Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. Homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas. Foi transformado em santo (São Nicolau) pela Igreja Católica, após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele.
Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem nas cores vermelha e branca, com cinto preto. Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.
Velas – Utilizadas para enfeitar a mesa da ceia, elas simbolizam Cristo, a luz do mundo, que devemos imitar.
Bolas coloridas – É o enfeite tradicional da Árvore de Natal e representam os frutos de nossas vidas, que são nossas atitudes. Elas também simbolizam as graças que diariamente recebemos.
Luzes – Cintilam, simbolizando o fogo da vida eterna. As velas na Árvore de Natal, por serem perigosas, foram substituídas pelos pisca-piscas usados na decoração de Natal.
Estrela – É usada na ponta da Árvore de Natal para nos lembrar da Estrela de Belém, que guiou os reis magos até a manjedoura de Jesus. Tem quatro pontas, representando o norte, o sul, o leste e o oeste.
Anjo – Representa o Anjo Gabriel, o anjo da Anunciação, que levou a mensagem do nascimento de Jesus a Maria.
Cânticos natalinos – A época natalina sempre é alegrada com cantigas típicas. As primeiras datam do século IV e a mais famosa – Silent Night ou Noite Feliz – foi composta por Joseph Mohr e Franz Gruber em 1818.
Cores – O verde, o vermelho e o dourado são cores dominantes no Natal. O verde é renovação, esperança, regeneração. O vermelho está ligado ao fogo, ao poder. O dourado está associado ao sol, à luz, à sabedoria e principalmente a luz da Ressurreição de Cristo.
Missa do Galo – Foi o Papa Telésforo quem teve a ideia na escolha do horário de meia-noite, a hora do cantar do galo. Ir à Missa do Galo é uma manifestação de fé cristã e de união familiar.
Presentes – A tradição de dar presente foi inspirada nos três reis magos – Gaspar, Baltazar e Belchior – que, vindos do Oriente, presentearam o Menino Jesus com ouro, incenso e mirra, que simbolizam, respectivamente a realeza, a divindade e o sofrimento de Jesus na Terra.
Cartões de Natal – Foi o inglês Sir Henry Cole quem os idealizou no século XIX. Na falta de tempo para escrever cartas de fim de ano para parentes e amigos, ele pediu que um desenhista criasse cartões com desenhos que representassem cenas do Natal. O costume pegou logo entre os nobres ingleses e passou também para o povo.
Ceia – A ceia de Natal brasileira incorporou várias receitas como a rabanada e o bolinho de bacalhau, que chegaram ao país com a colonização portuguesa. Uma ceia tradicional precisa ter também assados como peru, leitão, lombo e doces diversos. Nozes, castanhas, amêndoas e avelãs são costumes europeus e a história mostra que na Roma antiga era costume presentear amigos e parentes com essas frutas secas, como forma de desejar boa sorte.
Presépio – Reproduz o cenário humilde do nascimento de Jesus e os personagens bíblicos que estavam presentes no importante momento: uma manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do menino. A tradição de montar presépios teve início com São Francisco de Assis, no século XIII.