“Para melhorar e potencializar o desempenho financeiro é necessário mudar o comportamento perante o dinheiro. E isso vale para qualquer individuo, desde o mais simples até o mais catedrático. Dinheiro não aceita desaforo, se ele não estiver no seu bolso, estará no bolso de outro”, comenta a especialista em educação e coaching financeira, Karen Calixto, que fará palestra sobre Finanças Pessoais na quarta-feira (15), às 18h, na OAB-Santos.
Karen, entretanto, aponta uma atenuante: “em nenhum momento nossa família, escola ou a universidade trabalhou esta questão de forma sustentável, principalmente quanto ao ensino dos melhores comportamentos e a forma de como lidar com o dinheiro, quais as atitudes ideais e quais a opções para chegar à sonhada independência financeira”. Confira a seguir a análise que a especialista faz sobre erros e situações comuns que atrapalham os sonhos e encurtam os bolsos:
Reserva de emergência
A reserva de emergência é essencial para momentos de crise e em que há um desencaixe, indica a educadora financeira. “No caso do profissional liberal, ele necessita inclusive de famoso planejamento para obter duas reservas, a financeira e a de emergência. A reserva de emergência será usada apenas e tão somente para momentos de crise, onde não houve previsão daquele acontecimento, como doenças, desemprego e outros. E a financeira será utilizada para os momentos onde o fluxo de caixa está baixo em virtude da sazonalidade”.
Analfabetismo Financeiro
Acomodação
Aposta na sorte
Karen diz não acreditar em sorte quando o assunto é ganhar dinheiro. “Acredito em esforço, planejamento e ação, isto é o que move tudo e, fundamentalmente, a ação rumo à realização de seus propósitos e objetivos que estão intimamente ligados ao sucesso”.
Consumo exacerbado
Para resistir a tantos apelos é essencial priorizar seus objetivos; mudar o comportamento perante o dinheiro e pesquisar sempre, a fim de encontrar produtos que tenham qualidade e estejam adequados às suas necessidades no momento. “Precisamos analisar a questão do “Eu preciso” ou “Eu quero”. Esta é a primeira pergunta a ser feita antes de consumir”, orienta.
Casa própria ou aluguel
O sonho da casa própria é estimulado em nossa sociedade, mas, na opinião de Karen, o que não compensa é financiar um imóvel. “Tem que pôr na ponta do lápis quanto seria um aluguel, mesmo que seja em um local menos valorizado, pois a diferença entre o valor da locação e a parcela que pagaria em um financiamento pode ser poupada e aplicada, possibilitando, em alguns anos, a compra do imóvel à vista, em menos tempo do que pagaria um financiamento imobiliário”.
Um bom conselheiro