O movimento do SWING JAZZ, aliado ao INDY HOP, está mais vivo e atualizado do que nunca e cresce a cada dia em todos os cantos do planeta e, curiosamente no Brasil, em São Paulo, no Rio de Janeiro e tantas outras cidades. Música e dança, unidos de forma integral e emocional.
O LINDY HOP é praticado hoje nos salões de baile, nos bares da moda, nas academias de dança, ao ar livre, na praia, nos parques, nas praças, ou seja, em qualquer lugar. Pode ser dançado a dois, sozinho, em grupos, nas rodas (conhecidas como “jams”), de forma lenta ou bem rápida. Com ou sem acrobacias. Não tem nenhuma contraindicação e pode ser dançado por pessoas de qualquer idade. O Lindy Hop é uma dança que surgiu nas décadas de 20 e 30, no Harlem, em Nova York, no mítico Salão Savoy, praticada ao som do bom e incrível Swing Jazz, música das grandes orquestras de Glenn Miller, Count Basie, Duke Ellington Tommy Dorsey e de tantas outras “Big Bands” inesquecíveis e também das atuais orquestras de “Neo Swing” e dos grupos contemporâneos de Swing Jazz.
O nome veio da homenagem feita a Charles Lindbergh, que realizou o primeiro voo solo cruzando o Oceano Atlântico e que se tornou herói nacional e a coincidência do surgimento na época dos primeiros movimentos do “crazy dance”. E assim nasceu o LINDY (de Lindenbergh) HOP (de salto, pulo). Fez um tremendo sucesso até a década de 50, depois desaparecendo quase que totalmente do cenário. Graças ao americano Frankie Manning, dançarino do lendário Savoy (falecido aos 94 anos em 2009), o movimento foi resgatado três décadas depois e, no início de 2000, começou a dar os primeiros passos aqui no Brasil, graças a uma geração de entusiastas do Swing Jazz. Em 2011, sua visibilidade se espalhou pelo mundo e por aqui nossos professores ganharam especialização fora do país e foram realizados vários workshops e eventos de grande porte que reuniram milhares de pessoas.
E, quando você menos esperar, os LINDY HOPPERS estarão invadindo a nossa praia, com muita alegria e descontração. Experimente, é muito simples. É preciso apenas entrar no ritmo envolvente e contagiante do Swing Jazz. Impossível ficar parado.
Ricardo Baldacci Trio – “Tain’t What You Do, It’s The Way That You Do It”
Tive a honra e o privilégio de acompanhar, desde o princípio, a carreira do talentoso guitarrista e cantor paulistano Ricardo Baldacci, que se tornou a grande referência do “Swing Jazz” no Brasil e também um dos maiores divulgadores do movimento do “Lindy Hop” pelo nosso país e mundo afora, que alia a dança e a música de uma forma muito especial.
Ele virá a Santos, no dia 13/11, lançar o seu segundo CD, gravado de forma independente no ano passado, ao lado do genial pianista Hercules Gomes e do competente contrabaixista Ricardo Ramos, e que surpreende pelo repertório, pelos belos arranjos, sonoridade e improvisos na execução dos 15 temas selecionados. Além de contar com um belo encarte, digno dos CDs dos grandes artistas internacionais.
Foi mixado e masterizado em Nova York por Bill Moss e Jim Czak, dois dos maiores engenheiros de som e produtores da História do Jazz e contou com a apresentação do contrabaixista Martin Pizzarelli na contracapa e teve também a aprovação de peso do guitarrista Bucky Pizzarelli, patriarca dos Pizzarelli e uma das lendas vivas do “Swing Jazz”. O repertório escolhido foi uma consequência natural da temporada de shows feitos pelo trio no Brasil, Suécia, Argentina e Paraguai e traz as inspiradas composições autorais de Ricardo Baldacci, “Because Of You”, “Do The Lindy Hop” e “Baldacci`s Blues” e os clássicos “It Is Only A Paper Moon” e “Is You Is OrIs You Ain’t My Baby”, que contaram com a participação muito especial do grupo vocal sueco “The Hebbe Sisters”, além dos clássicos “For Sentimental Reasons”, “Come Fly With Me”, “It’s Is Only A Paper Moon”, “The Frim Fram Sauce” e a faixa título “Tain’t What You Do, It’s That Way That You Do”. Um CD que considero completo, feito para ouvir, dançar e cantar junto, como sugere Ricardo Baldacci, que largou o Marketing e o mundo corporativo para realizar, com absoluta competência, o grande sonho da sua vida.
Ricardo Baldacci Trio – “Hello Mr. Cole”
O DVD “Hello, MR. COLE”, do guitarrista e cantor Ricardo Baldacci nasceu meio sem querer. As dez faixas gravadas no Espaço Cachuera em São Paulo tinham inicialmente a finalidade de arquivo de imagens para serem usadas como parte da divulgação do trabalho do Trio. E veio antes da gravação do seu segundo CD.O resultado ficou tão bom e surpreendente, que o contrabaixista americano Martin Pizzarelli indicou a Baldacci, simplesmente Jim Czac, um dos mais respeitados produtores da História do Jazz e proprietário do NOLA Estúdios em Nova York, que finalizou magistralmente o trabalho. Uma união perfeita. As imagens que são de cinema e o áudio de altíssima qualidade são os grandes diferenciais desta bela e sensível homenagem feita pelo Trio de Ricardo Baldacci a Nat King Cole e seu repertório tradicional da década de 40.Destaco os temas “Strighten Up and Fly Right”, regravado respeitando o arranjo original e que ficou simplesmente sensacional, mais “Sweet Lorraine”, “Route 66”, “Unforgettable””, “Candy”, seguindo o arranjo original de John Pizzarelli e “Walkin’ My Baby Back Home”.Ao lado de Ricardo Baldacci na guitarra e vocais estiveram Hércules Gomes no piano e Ricardo Gomes no contrabaixo. Reafirmo que nem tudo está perdido no Brasil. Atualmente, estamos fazendo um Swing Jazz, atualizado com competência e como nos velhos tempos.