As pessoas usuárias de insulina, além de ter de conviver com a doença em si, tem de utilizar a via injetável de maneira cotidiana. Essa via sempre traz maiores riscos, por ser invasiva, podendo provocar reações no local da injeção. As canetas de insulina trouxeram maior conforto, mas a indústria farmacêutica tem buscado alternativas viáveis no que se refere à eficácia e ao custo. Nesse sentido, a via inalatória é muito promissora.
Já houve um produto por via respiratória, mas não conseguiu se manter no mercado devido ao alto custo. No momento, outra empresa lança uma nova insulina inalatória, porém a um custo de terapêutica semelhante ao realizado, atualmente, pela via injetável. Mas essa forma substitui apenas um dos tipos de insulina das que são usadas pelos diabéticos.
A insulina, hormônio produzido normalmente pelo pâncreas, tem como função estimular as células a absorver a glicose que circula pelo sangue. Indivíduos diabéticos são incapazes de produzir a insulina de forma parcial ou total. Assim precisam usar o medicamento regularmente, tentando substituir a função do pâncreas a cada momento do dia.
A glicose é componente do açúcar e dos amidos presentes nas farinhas. Sempre terá de haver glicose no sangue, porém em quantidades aceitáveis.
Quando diminui muito, faz falta às células do cérebro. Já em excesso, promove um lento e gradual comprometimento de diversos órgãos, como nervos e vasos sanguíneos, provocando danos irreversíveis. Um prejuízo evidente é o chamado “pé diabético”, quando há a perda da capacidade de regeneração dos tecidos, levando pequenas lesões nos pés a se tornarem incuráveis e obrigar a amputação do membro inferior, em processo de difícil controle.
Quando diminui muito, faz falta às células do cérebro. Já em excesso, promove um lento e gradual comprometimento de diversos órgãos, como nervos e vasos sanguíneos, provocando danos irreversíveis. Um prejuízo evidente é o chamado “pé diabético”, quando há a perda da capacidade de regeneração dos tecidos, levando pequenas lesões nos pés a se tornarem incuráveis e obrigar a amputação do membro inferior, em processo de difícil controle.
A dificuldade na utilização da insulina é a de simular a função do pâncreas, que produz e lança o hormônio na corrente sanguínea conforme a necessidade. Logo após uma refeição, quando ingerimos muita glicose, a quantidade de insulina tem de ser maior. Enquanto nos intervalos de jejum, a quantidade necessária cai, apenas o suficiente para as atividades normais de cada órgão. Assim, uma pessoa dependente de insulina precisará consumir a insulina em forma de medicamento conforme o correr do dia. Para tanto, algumas insulinas são liberadas lentamente no organismo e servem para a dose chamada de basal, ou seja, elas mantêm a quantidade mínima necessária de insulina ao longo de todo o dia.
Por outro lado, quando a ingestão de açúcar ou amido aumenta e, portanto, a quantidade de glicose no sangue também, será necessária uma dose momentânea maior e é quando se usa as insulinas que aumentam rapidamente sua quantidade no sangue. A insulina inalatória vem substituir esse tipo de produto. Mas como nem todo medicamento é isento de reações, a inalação da insulina pode provocar problemas respiratórios. E indivíduos diabéticos com problemas respiratórios, como os fumantes por exemplo, não poderão fazer uso desses medicamentos.
Dúvidas
Encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.