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Como evitar os transtornos para os pets com os fogos e cornetas durante os jogos da Copa do Mundo

28/05/2014
Como evitar os transtornos para os pets com os fogos e cornetas durante os jogos da Copa do Mundo | Jornal da Orla
Durante a Copa do Mundo o que não vai faltar é festa, e fogos e cornetas se tornam a trilha preferida para os jogos do Brasil. Porém, tanto barulho pode transformar a vida do seu pet em um verdadeiro transtorno. Pensando no bem-estar dos animais, a Comissão de Animais de Companhia do SINDAN traz dicas para os tutores saberem lidar com os diferentes estímulos causados pelo intenso movimento, entre eles os ruídos, estouros, solidão ou o trânsito de desconhecidos pela casa. 
 
O ideal é que os animais sejam preparados ao longo da vida para lidar com os mais diferentes estímulos. Mas é possível minimizar o problema dos cães que ainda não tiveram a oportunidade de viver essas experiências positivas. O barulho dos fogos de artifício provoca um enorme desconforto devido a grande sensibilidade auditiva que os animais possuem. “Os cães detectam um som quatro vezes mais distante que os humanos, isso explica a angústia vivenciada por eles em épocas festivas. Pânico e medo modulam comportamentos que colocam muitas vezes a vida em risco. Tentativas de fuga através de portas e janelas podem provocar o atropelamento do cão na rua ou fazer com que ele se desespere dentro de casa”, afirma a Dra. Ceres Faraco, veterinária parceira da Comac.
 
Neste sentido, é recomendado criar um ambiente aconchegante e tranquilo para acomodar os pets nos momentos de maior barulho. Manter as janelas do local onde está alojado fechadas, disponibilizar um esconderijo – tipo cabana – com acolchoados para abafar os estímulos auditivos, retirar do ambiente móveis ou objetos que contenham pontas ou que sejam de vidro e deixar uma música suave tocando num volume que ajude a diminuir o som externo, mas que também seja agradável ao ouvido canino. Oferecer um saboroso petisco ou brinquedos para que o cão redirecione a atenção também podem acalmá-lo. Também não se pode esquecer de manter a porta fechada e chaveada.
 
Uma longa caminhada, horas antes do início de um jogo, é benéfica para enfrentar a situação e ajudará o cão a estar mais relaxado na hora que a bola rolar. Além disso, o comportamento do tutor tem papel fundamental na forma como o animal vai encarar este desafio. Deve-se ter muito cuidado para não reforçar o medo, e por isso, seu tutor deve passar confiança e tranquilidade na forma de se comunicar com o amigo peludo, agindo com naturalidade. 
 
Esses cuidados devem ser tomados nos jogos que serão assistidos em casa e, principalmente, nos fora. A presença do tutor promove sentimento de segurança no cão e conforme a intensidade do medo que o animal sente, será muito mais difícil passar por esse momento sozinho. Diante disso, todos os cuidados devem ser realizados antes das pessoas saírem de casa, assegurando condições de um ambiente seguro para o animal.
 
Já para os cães que não estão acostumados com visitas, pode-se desde já fazer associações positivas com esta presença. Iniciem convidando amigos nos dias que antecedem os jogos e solicite que ao chegarem ofereçam guloseimas, elogiem e acariciem o cão. Desta maneira, ele vai gostar muito dessa invasão positiva em seu lar e aos poucos ficará desejando que os amigos humanos venham visitar.
 
“Mas, se você está pensando em viajar, o melhor a fazer é deixar seu cão na casa de um amigo ou parente que acompanhará os jogos em casa. Optar por um hotel destinado ao recebimento de animais também pode ser uma saída. A solidão gera sentimentos negativos, que somada aos estímulos sonoros pode provocar pânico e sofrimento no animal”, conclui Faraco.