Fronteiras da Ciência

Corrente do bem

10/01/2025
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A cena se passa em um supermercado. Com os dois netos, a avó faz compras. Somente o essencial, o que está anotado na curta lista.

A menina apanha da prateleira um bolo confeitado, e o coloca no carrinho de compras. No caixa, a avó percebe que não tem dinheiro suficiente e pede para devolvê-lo.

A garota insiste e a avó explica que, em outro momento, quando tiverem condições.

-Você disse isso da outra vez. – Responde a menina.

Um rapaz, que a tudo assistia, comprou o bolo deixado no caixa, alcançou os três e o depositou nas mãos da criança.

-Não – disse a avó -não podemos aceitar. O senhor não tem obrigação nenhuma de fazer isto.

-Na verdade, tenho. – Disse, com um sorriso. -Quando eu tinha 7 anos, estava no supermercado e escolhi um bolo. Era meu aniversário. Minha mãe explicou que não tínhamos dinheiro. E um homem o comprou, mandou embrulhá-lo e me entregou. Insistiu para que minha mãe me deixasse aceitá-lo. Ela pediu que ele escrevesse seu número de telefone em um papel para quando possível, lhe devolver o valor.

-Ele escreveu no papel e colocou no bolso da minha camisa.

Ao ouvir isso, a avó diz: -Então escreva seu número de telefone. Devolveremos o valor, assim que pudermos.

Assim que chegaram em casa, a menina feliz, foi ao encontro do avô, que estava em uma cadeira de rodas e depositou-lhe no colo o bolo.

-Feliz aniversário, vovô!

-Obrigado -disse ele. -É o meu favorito.

E para a esposa: -Você não deveria gastar com bolo. Sabe de nossas dificuldades.

-Foi um rapaz que o comprou e o ofereceu. Pedi que escrevesse neste papel o número do telefone dele. Veja.

Ele abriu o papel dobrado e leu: -Um simples ato de carinho cria uma onda sem fim.

Rapidamente, sua mente o remeteu para uma cena no mercado. Era ele, em plena madureza, vendo uma mãe explicando para um menino de 7 anos que não tinha dinheiro suficiente para comprar o bolo de aniversário.

Ele o adquirira e o entregara ao menino, cujos olhos brilharam.

E, ante o pedido da mãe, para que anotasse seu número de telefone em um papel, escrevera aquela mesma frase.

Um simples ato de carinho cria uma onda sem fim. É a corrente do bem. E, de formas muito específicas, também alcança quem o praticou.

[com base em texto da Red. do Momento Espírita]

Estamos todos interligados como num imenso mar de vibrações.

Quando realizamos o bem, por menor que nos pareça o gesto, isso vibra e alcança alguém, próximo ou distante.