Nos últimos tempos, o tratamento da obesidade ganhou uma nova perspectiva com o lançamento de medicamentos como Ozempic e Wegovy, que se destacam no mercado por sua forma de administração prática — as chamadas “canetas emagrecedoras”. Esses medicamentos, que pertencem à classe dos agonistas do GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon 1), têm resultados promissores no auxílio à perda de peso e no controle de doenças associadas à obesidade, como diabetes tipo 2.
Mas, afinal, como funciona e qual é o impacto dessas canetas no tratamento contra a obesidade?
Ozempic (semaglutida) e Wegovy (também semaglutida, mas em doses mais altas) são medicamentos que atuam no sistema endócrino do corpo, regulando o apetite e o metabolismo. Ambos são administrados por injeções subcutâneas semanais, com a principal diferença entre eles sendo a dosagem e a indicação. Apesar de ambos terem a semelhança no princípio ativo, Wegovy é prescrito principalmente para pacientes que desejam perder peso, enquanto Ozempic é usado para o controle do diabetes, mas pode gerar emagrecimento como efeito colateral.
Os estudos clínicos demonstraram que esses medicamentos podem ser bastante eficazes na perda de peso. Em um estudo de 68 semanas com Wegovy, pacientes perderam em média 15% do peso corporal, o que representa uma redução significativa para pessoas com obesidade. O Ozempic, embora tenha sido originalmente desenvolvido para diabéticos, também mostrou benefícios na redução de peso, com uma média de perda de 5 a 10% do peso corporal.
Como qualquer medicamento, Ozempic e Wegovy não estão isentos de efeitos colaterais. Os mais comuns incluem náuseas, diarreia, dores de cabeça e dor abdominal, especialmente nos primeiros dias de uso. Esses efeitos geralmente diminuem com o tempo à medida que o corpo se adapta ao tratamento.
Embora esses medicamentos sejam eficazes, é importante ressaltar que eles devem ser usados como parte de um programa mais amplo de controle de peso, que inclui mudanças no estilo de vida, como dieta balanceada e exercícios físicos regulares. O acompanhamento médico é fundamental para garantir que o tratamento seja adequado às necessidades individuais de cada paciente.
Embora represente uma alternativa interessante e moderna, o uso desses medicamentos deve ser feito com acompanhamento médico e de forma integrada a um estilo de vida saudável. A obesidade é uma condição complexa, e seu tratamento deve ser individualizado, levando em consideração fatores como saúde geral, comorbidade e necessidades específicas de cada paciente.