A autora Carolina Ramos narra sua participação na peregrinação do Ano Santo em 1950, na Itália, em seu novo livro “Viagem à Itália: Peregrinação – Ano Santo 1950” no Salão Nobre da Pinacoteca Benedicto Calixto, às 16 horas do dia 14 de dezembro.
No evento, apresentação musical do pianista-mirim Gabriel Motta Nunes, vencedor do Concurso Jovens Pianistas, e a exposição dos manuscritos encontrados.
O livro será vendido pelo valor promocional de R$ 50,00, podendo ser adquirido por pix ou dinheiro.
Em 26 de março de 1949, com a bula Jubilaeum Maximum, foi proclamado o Ano Santo de 1950. Por ocasião das celebrações para o Jubileu, Pio XII consagrou o dogma da Assunção da Virgem ao Céu e transformou o Colégio dos Cardeais numa espécie de representação universal do mundo católico, reduzindo drasticamente a presença italiana e aumentando o número de cardeais de várias nações. Assim, naquele ano especial para a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro no Vaticano, o turismo religioso em massa tomou corpo.
De Santos partiu um grupo de religiosos e, dentre eles, estava Carolina Ramos.
A narrativa dessa viagem de espírito religioso descreve, em minúcias, uma Itália pós-guerra e o momento dessa reconstrução, numa leitura que permite ao leitor viajar em conjunto.
Além disso, toda a história que envolve este livro nos leva a crer o quanto é especial, pois os rascunhos ficaram perdidos por 73 anos, quando, no final de 2023, colocando um ponto final na biografia de seu falecido esposo Claudio de Cápua, a autora se indagou: “E agora, Senhor? O que faço?”.
A resposta foi imediata, pois, passando rapidamente os olhos pelas prateleiras, notou, na mais alta delas, duas alças de uma sacola. Com a ajuda de sua bengala puxou essas alças e veio ao chão a sacola, esparramando uma porção de folhas amareladas pelo tempo. Carolina, instantaneamente, as reuniu e, para sua surpresa tratavam-se, as tais folhas, de seu rascunho perdido. Animada com a redescoberta e entendendo ser uma resposta de Deus para aquele momento, imediatamente organizou esta obra, que contém 320 páginas e mais de 100 fotos originais da época, tiradas pela própria autora.
Sobre Carolina Ramos
Carolina Ramos, escritora, poetisa, trovadora, sonetista e contista, e o que mais a orgulha: “santista”, nasceu em Santos em 19/03/1924, tendo completado, portanto, 100 anos. Com mais de 25 obras publicadas ao longo de sua carreira, é referência nacional e internacional no gênero trova, conquistando o título de “Princesa da Trova” no Brasil.
Desde muito cedo dedica-se à literatura com grande versatilidade, e pertence à Academia Santista de Letras, à Academia Feminina de Ciências, Letras e Artes de Santos, à Academia Cristã de Letras de São Paulo, dentre outras, onde atua como sócia-correspondente.