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Trânsito mata mais que armas de fogo

26/10/2024
Trânsito mata mais que armas de fogo | Jornal da Orla

Infelizmente, o trânsito no Brasil continua sendo uma das maiores causas de mortes evitáveis no país, superando até mesmo homicídios por armas de fogo. Dados do Atlas da Violência 2024, revela que em 2022 foram registradas 34.892 mortes no trânsito, enquanto os homicídios por arma de fogo somaram 33.580.

Muitos especialistas concordam que, para aumentar a segurança viária, é preciso investimentos em fiscalização, engenharia de tráfego e campanhas de educação. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mortes no trânsito não são “acidentes” aleatórios e isolados, de consequências tristes, mas uma crise de saúde pública mundial. O número global de mortes, segundo a OMS, já teria chegado a 1,24 milhão por ano e a estimativa é de que alcance 1,9 milhão em 2030 caso nada seja feito para reverter essa tendência. Se tais estatísticas como essas fossem devidas a micróbios, vírus ou alguma nova doença que ameaçasse a humanidade, seria uma notícia de grande repercussão e todos se mobilizariam para conter o avanço.

Outra forma de tentar mitigar essa violência no trânsito é a fiscalização sistemática de barreiras móveis ou blitz, com aplicação do teste de bafômetro de forma intensiva. Esse trabalho impede que as consequências de infrações se tornem casos mais graves, em acidentes com ferimentos, lesões corporais e muitas vezes óbitos, sem contar os prejuízos materiais.

Na minha opinião, as blitz e barreiras devem ser ampliadas e realizadas com mais frequência, não só em ocasiões pontuais como finais de semana, feriados, férias ou junto a uma grande festa ou shows. Cada motorista alcoolizado que é impedido de seguir viagem, é um risco a menos para a comunidade. O endurecimento da política de exames toxicológicos tem apresentado resultados positivos. Pense nisso você também antes de assumir o volante. Eu fico por aqui, até a próxima!