Seja como opção de mobilidade, fonte de renda ou apenas por lazer, cada vez mais mulheres assumem o comando de motos e Scooters. De acordo com dados da Abraciclo, o número de mulheres habilitadas a pilotar motos, cresceu 69,5% nos últimos dez anos. Atualmente, há 9.468.705 motociclistas do gênero feminino, enquanto que, em 2014, o número de mulheres que andam de moto era de 5.586.855.
Dentro dessas mulheres que tem habilitação de moto, mais da metade estão preferindo andar sobre duas rodas, inserindo cada vez mais as motocicletas em suas rotinas. Estudos mostram que elas usam as motocicletas de uma a três vezes por semana.
Na análise de preferências, a Scooter é a categoria mais procurada pelas mulheres. De acordo os fabricantes, 69% dos compradores desse modelo motocicletas são mulheres. Um dos fatores que explica essa preferência é o uso do câmbio rotativo, com embreagem semiautomática, como na Honda Biz. Além da facilidade de pilotagem, as Scooters oferecem prático espaço sob o assento para transportar objetos e ainda pedal de câmbio que permite pilotar de salto.
O crescimento mostra uma mudança significativa nas questões de gênero da mobilidade no país. Infelizmente, as motos ainda são consideradas um meio de transporte machista. Para se ter ideia, um estudo aponta que 47% das mulheres afirmam já ter sofrido algum tipo de sexismo no trânsito. Esse aumento do número de mulheres que optam pela motocicleta mostra um avanço no empoderamento feminino.
A busca das mulheres pelas motocicletas pode ser atrelada a diversos fatores, como a praticidade, economia e eficiência no trânsito cada vez mais congestionado. Além disso, ter uma moto tornou-se muito mais que um meio de transporte: representa liberdade, independência e empoderamento para muitas mulheres, também revelam os dados qualitativos do estudo. Essa história de mulher somente na garupa já virou passado, e faz tempo. Eu fico por aqui, até a próxima!
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