O evento realizado em Lisboa e apelidado de “Gilmarpalooza” por ter sido organizado pela empresa da qual o Ministro Gilmar Mendes é sócio, tem gerado críticas pela utilização de recursos públicos e a presença de diversas autoridades brasileiras.
O encontro, que se tornou um recesso informal entre os políticos em Brasília, contou com a participação de seis ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), treze ministros do governo Lula, oito governadores e os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Durante o programa “Debate na Redação”, o advogado Roberto Mohamed criticou duramente o evento. “Isso é turismo. Se você quer discutir diretrizes ou programas brasileiros, você tem que discutir aqui. Não tem que fazer congresso lá, porque nenhum estrangeiro vai fazer isso por nós. Somos irrelevantes para o resto do mundo”, declarou.
Ele destacou ainda que esse tipo de mordomia é uma característica do governo Lula, relembrando que durante todo o mandato do presidente, as comitivas de viagens sempre foram grandes e dispendiosas. “As comitivas das viagens dele são absurdas. A viagem para Portugal, por exemplo, foi ridícula: 40 pessoas hospedadas no hotel mais caro de Lisboa com dia livre”, afirmou.
O advogado reconheceu que, embora os gastos com essas viagens possam parecer irrelevantes frente ao déficit fiscal, eles representam um mau exemplo. “Se temos um país que precisa criar novos impostos para fechar as contas, por que levar 40 pessoas se posso reduzir para 10? Essas coisas não precisam acontecer com o dinheiro público”, concluiu.
Para conferir esse e outros assuntos discutidos no programa, acesse a entrevista completa no canal do Jornal da Orla, o Orla Play, no link:
