A megaoperação coordenada pelo Governo Federal resultou na neutralização da infraestrutura utilizada por criminosos na Terra Indígena Yanomami. Essa ação conjunta envolveu forças de inteligência, fiscalização e repressão para desmantelar atividades ilegais, incluindo garimpo e transporte ilegal de mercúrio, combustíveis e outros recursos.
Ao longo de um período de 36 dias, de 4 de março a 10 de abril, mais de 343 profissionais, em sua maioria militares, trabalharam incansavelmente para interromper as operações criminosas dentro e ao redor da maior terra indígena do Brasil, localizada na região amazônica.
Denominada Catrimani II pelas Forças Armadas, a megaoperação obteve resultados significantes. Foram inutilizados 38 mil litros de diesel, 200 motores, 36 geradores de energia, além da destruição de 49 acampamentos e 180 pistas de pouso clandestinas. A operação também resultou na apreensão de 114 quilos de mercúrio, 7,3 mil quilos de cassiterita e a prisão de criminosos, incluindo pilotos de aeronaves envolvidas no transporte ilegal.
A fiscalização realizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) resultou em 19 autos de infração e três autos de interdição em pontos de abastecimento e postos revendedores de combustíveis. Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) apreendeu duas aeronaves e fiscalizou outras 121.
A destruição da infraestrutura criminosa não se limitou ao ar; ações fluviais também foram intensificadas, com 12 balsas destruídas e três apreendidas. Isso mostra o compromisso do governo em combater não apenas o garimpo ilegal, mas também as rotas de transporte utilizadas pelos criminosos.
Além das ações de repressão, o governo adotou medidas para lidar com os impactos ambientais e de saúde causados pelo garimpo ilegal, como a contaminação por mercúrio. Foram realizadas capacitações de profissionais de saúde, elaboração de planos estratégicos e projetos de monitoramento ambiental e segurança alimentar para as comunidades indígenas.