Fronteiras da Ciência

Antidoto do ódio

15/03/2024
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A cena chocou a policial, apesar de sua experiência no atendimento a vítimas de acidentes e de agressões.

A senhora fora encontrada com múltiplas lesões. No hospital, tivera diagnóstico de concussão cerebral e algumas fraturas.

Não podendo dela obter informações, pelo estado de inconsciência, buscou acesso à sua ficha hospitalar.

Descobriu que, desde que viera para a cidade, há 4 anos, fora atendida, emergencialmente, mais de uma vez. Primeiro, um punho quebrado. De outra feita, costelas fraturadas.

A perspicácia de Melissa identificou, embora as desculpas assinaladas no prontuário médico, pela própria paciente, que se tratava de violência doméstica.

O que a estarreceu foi descobrir que o agressor era o enteado, jovem de 17 anos, que residia com o casal.

No interrogatório, ela detectou tamanho ódio do rapaz pela madrasta que a levou a questionar as razões desse sentimento tão intenso.

O esposo desconhecia as agressões anteriores porque, habilmente, a esposa jamais lhe contara, no intuito de evitar conflitos entre pai e filho.

Desculpava-se, falando de uma queda, um descuido para encobrir a violência.

Foi com a ex-esposa que Melissa descobriu a causa daquele ódio extremado. Ela criara e alimentava o ódio no filho.

De tudo e por tudo culpava aquela mulher, que dizia ser a usurpadora da sua vida, destruidora da sua felicidade. Não se dava conta de que o seu casamento findara bem antes que o marido tornasse a se consorciar.

Um comentário da policial foi marcante:

Eu também estou divorciada. A minha decisão, desde o princípio, foi jamais insuflar qualquer sentimento que pudesse ferir o bom relacionamento entre meus dois filhos e o pai deles.

-Nada deve alterar isso. Nossa relação sofreu dificuldades e nos separamos, mas o sentimento de respeito a ele, como pai, fica acima de qualquer outro.

-Desejo que meus filhos o amem, continuem o bom relacionamento com ele. Nenhum sentimento ruim deve interferir nisso.

-Ódio somente faz mal a quem o sente, a quem o estimula, a quem o absorve. O ódio motiva tragédias, desmantela famílias, infelicita.

[com base em psicografia de Divaldo Franco e na Red. do Momento Espírita]

O ódio gera muitas cenas tristes e os relatos de certas tragédias nos asseguram essa verdade.

Tudo isso pode se transformar em enfermidades físicas e emocionais.

O único antídoto para ele é o amor, que modifica nossas estruturas emocionais e comportamentais.

 

 

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